Ricardo sofre 2ª ação

O governador Ricardo Coutinho (PSB) está sendo novamente acusado pelo PMDB de fazer propaganda eleitoral antecipada pela Rádio Tabajara, emissora oficial do Estado. O partido ingressou com uma Representação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pedindo a aplicação de multa ao governador.

Esta é a segunda ação do PMDB questionando o fato de a Tabajara estar sendo usada para promover o projeto de reeleição de Ricardo.

Na ação, assinada pelo advogado Luciano Pires, o partido acusa o governador de “por meio das emissoras Tabajara AM e Tabajara FM, em conexão com mais de duas dezenas de emissoras de rádio no Estado da Paraíba, promover escancarada propaganda eleitoral antecipada”. Alega que a prática de usar a emissora para promoção pessoal do governador é recorrente. O alvo principal é o programa 'Fala Paraíba', comandado pelo radialista Célio Alves, também citado no processo juntamente com a superintendente da Tabajara, Maria Eduarda Santos.

O procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, negou que esteja havendo propaganda eleitoral antecipada e explicou que o programa existe desde outros governos, sendo usado apenas para o governador fazer a prestação de contas das ações que estão sendo realizadas no Estado. “O governador Ricardo Coutinho nunca foi de fazer promoção pessoal. Ao contrário, ele sempre combateu a promoção pessoal”, disse.

O PMDB cita na ação as edições do programa ‘Fala Paraíba’ dos dias 7, 14, 22 e 24 de maio, destacando todos os trechos em que o apresentador tece comentários sobre supostos apoios políticos recebidos pelo governador. No programa do dia 24 de maio, Ricardo fala de sua aliança política com o senador Cássio Cunha Lima.

Em outra fala, ao responder pergunta sobre pavimentação de ruas, de cunho administrativo, mas o governador desvia para o comentário político. “Essa é a Paraíba que dá certo, amigo. O povo quer saber das coisas que estão aí avançando e vou fazer isso cada vez mais”. Segundo o PMDB, as provas mostram a existência de propaganda eleitoral antecipada. “O próprio governador, de modo totalmente impessoal, incorpora o garoto propaganda de seu governo, agindo com ufanismo, apresentando-se como detentor de capacidade superior, conclamando a audiência a avaliar-lhe superlativamente”, sustenta a petição.

Ao final da ação, o partido pede que seja aplicada a pena pecuniária no valor máximo ao governador Ricardo Coutinho, devido à utilização de bens e serviços públicos.