Raniere Paulino defende chapão da oposição para disputa em 2010

Da Redação

O deputado estadual Ranieri Paulino (PMDB) declarou nesta quinta-feira (6), em entrevista ao Paraíba Agora, da Rede Paraíba Sat, que o PMDB saiu fortalecido das eleições municipais de 2008, sendo o partido que mais elegeu vereadores e prefeitos em toda a Paraíba. Para 2010, ele defendeu um chapão que reúna todos os partidos de oposição.

Ele disse que pesquisas internas feitas pelo PMDB apontam que o senador José Maranhão é um forte nome para a disputa ao Governo do Estado, mas disse que o importante é manter o diálogo e esperar a "pendência jurídica existente no TSE", fazendo referências ao processo de cassação do governador Cássio Cunha Lima, o que poderia antecipar o retorno de Maranhão ao poder estadual. "Se isto acontecer, o cenário político estadual muda", destacou.

Sobre a importância da oposição marchar unida no pleito de 2010, o deputado estadual lembrou que em seu grupo político não existem desavenças, ao contrário do que aconteceria na bancada de situação. "No outro lado nós vemos Armando Abílio e Efraim brigando. Mas isto não existe na oposição. Nenhuma desavença grave é registrada".

Ranieri disse também que o grupo político do governador já tem dois candidatos ao governo, que segundo ele seria Efraim Morais pelo Democratas e Cícero Lucena pelo PSDB.

Em relação ao PMDB encabeçar este chapão, ele lembrou que em 2004 o PMDB elegeu 47 prefeitos, e que este ano foi para 60. "Isso foi devido ao apreço e confiança que a população tem com o partido, que sai fortalecido. A importância disso é o fruto que a legenda poderá lançar para as eleições de 2010".

Relação com Ney - Questionado sobre a posição adotada pelo senador Ney Suassuna, várias vezes acusado de infidelidade partidária por apoiar o candidato tucano a prefeito de Campina Grande, Rômulo Gouveia, Raniere disse que respeita a decisão do senador, mas acha que ele se equivocou. "Se o senador tivesse ficado neutro teria sido muito melhor", comentou.

Já sobre a opinião do prefeito de Bayeux, Jota júnior, que comparou a atitude de Ney com o apoio do senador Zé Maranhão ao candidato Expedito Pereira (PSB), Raniere contesta: “Maranhão apoiou um aliado do PMDB, votou em quem votou nele. Já a Ney faltou solidariedade às pessoas que o apoiaram sempre. Ele subiu no palanque de pessoas que o hostilizaram na campanha de 2006. Mas, mesmo assim, aceitariamos sua volta”, finaliza o deputado.