VIDA URBANA
Artesãos reclamam de atraso em obra
Comerciantes expõem seus produtos em área coberta por lona há três anos e meio ao lado do prédio da PBTur.
Publicado em 12/10/2011 às 6:30
Os 21 comerciantes do Centro Multiuso de Artesanato de Tambaú, em João Pessoa, estão vendendo seus produtos em uma área aberta coberta por lona, improvisada há três anos e meio. O prédio onde funcionava o Centro começou a ser reformado em abril de 2008, as obras foram paralisadas e, até hoje, os vendedores expõem seus produtos em boxes onde não podem guardar as mercadorias, ao lado da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur), local privilegiado turisticamente, entre a praia de Manaíra e Tambaú.
“Todos os dias temos que trazer todos os produtos de casa e arrumar para começarmos as vendas. Como aqui é tudo aberto, não podemos deixar de um dia pro outro. Além disso, a poeira da rua e dos carros suja e estraga as mercadorias. É muito complicado estarmos aqui há mais de três anos”, reclama a artesã e comerciante Eva Gomes da Silva, proprietária de um boxe no Centro há 11 anos.
Segundo Eva, a lona que cobre o mercado já está velha e cheia de goteiras. “Quando chove, muita coisa fica molhada. Às vezes, preciso lavar e passar as toalhas e roupas que vendo”, afirma a artesã. Apesar do local precário, ela disse que a Associação dos Comerciantes do Mercado de Artesanato de Tambaú vem se reunindo com representantes do Governo do Estado para que as obras sejam retomadas e eles possam, finalmente, voltar ao seu local de trabalho.
“A esperança é a última que morre, não é mesmo? A nossa associação foi informada que a reforma voltará a ser feita assim que a greve dos bancos terminar”, disse Eva. Já a vendedora Milena Santos Silva, que trabalha no boxe há seis anos, acrescenta que o local onde estão instalados diminuiu suas vendas. “Muita gente nem entra aqui. Muitos acham que aqui é uma grande barraca e não um mercado de artesanato”, diz Milena.
A turista Priscila Porto, vinda do Ceará, também não aprovou as instalações improvisadas. “Essa estrutura precisa melhorar, pois não é compatível com os produtos que são vendidos aqui. Adorei o artesanato, principalmente o algodão colorido, mas expor esses produtos dessa forma é muito ruim”, comenta Priscila.
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