POLÍTICA
Aguinaldo toma posse e diz que gestão será prioridade
Novo ministro foi convidado a assumir o cargo após a demissão de seu correligionário Mário Negromonte, alvo de denúncias.
Publicado em 06/02/2012 às 19:16
O novo ministro das Cidades, o campinense Aguinaldo Ribeiro, foi empossado pela presidente Dilma Rousseff na tarde desta segunda-feira (9), durante solenidade no Palácio do Planalto. Ele foi convidado a assumir o cargo após a demissão de seu correligionário Mário Negromonte, que deixou o governo após uma série de denúncias sobre a gestão da pasta e a exoneração de dois servidores da cúpula do ministério.
Em seu discurso de posse, Aguinaldo Ribeiro fez uma retrospectiva da própria trajetória política e assumiu estar ponto para o nível de exigência da equipe de Governo da presidente.
"Venho de uma família de tradição política e nos dias atuais é forçoso reconhecer [...] que vivemos um período de grande ceticismo em relação aos políticos", declarou Ribeiro, que enfrenta acusações de irregularidades na Paraíba. "Já estou me preparando para enfrentar o espancamento", afirmou ao se referir à maneira, classificada por ele como "rigorosa", como Dilma toca o governo.
"Gestão será a prioridade do seu novo ministro, será nosso foco, nossa diretriz, minha maior missão no Ministério das Cidades", disse. "Isso, ao meu ver, é que significa modernidade na forma de fazer política. É romper o falso dilema entre política e gestão. A boa gestão na vida pública tem que ser política, no sentido mais amplo", completou.
Logo após assumir o comando da pasta, o novo ministro voltou a afirmar que as supostas irregularidades de que é suspeito na época em que foi secretário de Agricultura da Paraíba são "factóides". Entre as suspeitas, ele é investigado por não ter declarado empresas à Justiça Eleitoral antes de concorrer a deputado federal nas eleições de 2010. Entretanto, segundo Ribeiro, todas as informações foram declaradas no imposto de renda.
"Sobre a omissão de empresas, está tudo declarado na receita. E quem tentar fazer factóide, não existe. As empresas estão declaradas. Está na declaração de renda. Não adianta tentar criar factóides. Não existem", afirmou. "Minha vida é aberta. Eu não tenho o que temer. Eu acho que fui extremamente averiguado nestes dias anteriores de assumir o ministério. O próprio governo fez essa avaliação e estou absolutamente tranquilo. Não tenho nada a esconder", afirmou.
Ribeiro iniciará sua gestão a partir de uma avaliação no ministério, admitindo mudanças de quadros na pasta quando achar necessário. Ele afirma que a intenção é reforçar os quadros técnicos do ministério.
"Vamos montar uma equipe com a consicência que tenhamos um corpo de técnicos eficientes, com uma competência para cada áreas temática. A intenção é fazer uma avaliação a partir de amanhã [terça-feira], mas sobretudo buscar no Brasil os melhores quadros para que possamos ter eficiência e eficácia", afirmou.
Aguinaldo Ribeiro entregou o seu pedido de licença do cargo de deputado federal à Câmara na tarde desta segunda-feira (6). Em seu lugar, deve assumir o suplente Armando Abílio Vieira (PTB-PB).
Em documento encaminhado ao presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), o novo ministro solicitou que fosse mantido o seu salário de deputado federal, de R$ 26,7 mil, perdendo com isso o direito à remuneração de ministro, de mesmo valor.
Já o seu antecessor, o ex-ministro Mário Negromonte (PP-BA), reassumiu o mandato de deputado federal. Com sua volta à Câmara, deixa o mandato o Zé Carlos da Pesca (PP-BA), que estava em seu lugar.
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