POLÍTICA
Partidos aliados ao Governo querem cargos
Aliados políticos que não foram contemplados com espaços no novo governo de Ricardo Coutinho continuam na expectativa
Publicado em 03/01/2015 às 8:00 | Atualizado em 01/03/2024 às 12:46
Partidos que integram a base de apoio ao governador Ricardo Coutinho (PSB) e não foram contemplados com cargos no segundo mandato do socialista ainda acreditam na possibilidade de ocuparem espaços na gestão. Um deles é o PSL, que não conquistou a nomeação de nenhum dos seus indicados.
O presidente do partido, deputado estadual Tião Gomes, explicou que independente de ser contemplado com cargos, a legenda vai continuar fazendo parte do bloco.
“Quem não quer cargos? Todos nós queremos. No contexto geral nós trabalhamos para o grupo e estamos satisfeitos com o que vier ou não, o que não é problema para a gente. Temos o nosso espaço e queremos continuar com o nosso espaço. Eu não posso exigir de um governo que está dando certo alguma coisa para o partido”, afirmou.
O deputado informou que o PSL chegou a fazer indicações ao governador Ricardo Coutinho, mas afirmou não saber se as respectivas nomeações foram obtidas. “Temos dois deputados e o que queremos é ser tratados igualmente. Já existe essa vocação no Brasil dos partidos lotearem o governo, mas nós não somos a favor disso. O que for do PSL nós vamos administrar do mesmo jeito que os outros administram”, arrematou.
Já o presidente do PV, sargento Dênis ainda espera que o seu partido obtenha nomeação para a Coordenação de Articulação Política, pasta que está sem titular desde a saída de José Lacerda. O secretário de Estado da Comunicação Institucional, Luís Tôrres, explicou que a Coordenação não possui status de secretaria e somente em uma nova formatação ela poderia passar a esse status, o que o governador pode, inclusive, não promover. Segundo Tôrres, não houve nomeação para a pasta.
Em situação melhor se encontra o PMDB, que fez seis cargos no primeiro escalão do governo do Estado e ainda aguarda ser contemplado com mais um, desta vez para o deputado estadual Trócolli Júnior.
“Esse processo ainda está em andamento porque, por hora, o governador só decidiu sobre o primeiro escalão, só que o provável aproveitamento do deputado Trócolli Júnior está em pendência, dependendo apenas de uma decisão dele. Então esse lugar seria também ocupado pelo PMDB. Eu acho que esses espaços em governo não devem ser medidos quantitativamente. A nossa visão de peemedebista é de que o partido precisa participar da formulação das políticas públicas a serem seguidas e adotadas pelo governo”, explicou o presidente do partido, senador eleito José Maranhão.
Conforme o peemedebista, Trócolli Júnior foi convidado para compor o segundo mandato de Ricardo Coutinho e reivindicou sua nomeação para a Secretaria de Representação Institucional em Brasília. No entanto, o governador nomeou o deputado Lindolfo Pires para comandar a pasta. “Isso gera a necessidade de um novo entendimento”, disse José Maranhão. Em virtude de problemas pessoais, Trócolli Júnior desistiu de atuar em Brasília.
“Em face da doença de sua mãe, ele quer ficar mais próximo para dar uma assistência maior e mudou inteiramente o primeiro rumo, que era Brasília”, explicou José Maranhão.
O governador Ricardo Coutinho (PSB) disse ontem, durante a posse da nova diretoria do Sebrae-PB, que a reforma ainda não foi concluída. “A reforma vai continuar a ser feita”, disse. E arrematou: “É uma reforma permanente”.
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