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Setor de Tecnologia da Informação está em alta e exige qualificação
Apesar da crise econômica, segmento se mantém aquecido, empresas não deixam de contratar e profissionais chegam a ganhar por mês até R$ 8 mil
Publicado em 06/09/2015 às 18:00
Uma área que tem se mantido, de certa forma, imune à crise econômica e que tem ido na direção contrária a de inúmeras empresas, realizando contratações, em vez de demissões: o cenário da área de Tecnologia da Informação, na Paraíba, segue a tendência nacional, e tem se comportado como um verdadeiro oásis na economia. Profissionais chegam a receber até R$ 8 mil por mês. A regra do mercado, no entanto, é clara: quanto mais capacitado for o profissional, mais chances de encontrar uma vaga e, também, de aumentar o salário.
Os profissionais dessa área podem ser formados em vários cursos. Na Paraíba, eles têm a oportunidade de fazer o curso de Ciências da Informação (UFPB), de Sistemas para Internet (IESP), Gestão da Tecnologia da Informação (FPB), Ciências da Computação (UFCG) e Sistemas da Informação (UFPB). Quanto mais qualificados, no entanto, maiores as chances de um aumento no salário. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados da Paraíba (Sindpd-Pb), o salário-base de um programador é de R$ 1.199, enquanto que o de um analista de sistemas é de R$ 2.349.
Segundo a consultoria Catho, de janeiro a junho deste ano, o número de vagas no setor no Brasil aumentou 44,2%. Só em junho, foram abertas 10.105 vagas, 3.640 a mais do que junho do ano passado. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) mostram que o mercado nacional emprega, atualmente, 1,3 milhão de profissionais de TI e, até 2016, esse número deve aumentar em 30%.
No curso superior de tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação, de acordo com o coordenador do curso, Marcus Alves de Jesus, o currículo é voltado para o mercado de trabalho. Com duração de dois anos e meio, o curso prepara o estudante para que ele tenha uma visão geral de programação, sistemas, redes de computadores e da área de projetos. "O campo de trabalho dos profissionais de TI é bastante amplo. Eles tanto podem ir para empresas governamentais, como o Tribunal de Justiça ou a Codata, através de concursos, como para a área privada. Para se ter noção, as empresas da área de tecnologia da informação na Paraíba têm crescido em média 10%", afirma.
O curso tem duração de dois anos e meio e forma, em média, entre 25 e 30 alunos por semestre. A faixa etária dos alunos é entre 18 e 25 anos. A maioria é do sexo masculino - cerca de 80%, embora nada impeça que uma mulher faça. O curso mantém parcerias com empresas como a PBsoft e a Vsoft, onde as alunos passam por estágios, tendo a chance, inclusive, de serem efetivados. "Muitos acabam ficando nas empresas ao término do estágio. É só realizar um bom trabalho", comenta.
Segundo ele, o grande diferencial das empresas de TI é que o seu mercado, na verdade, é global. "Elas podem pegar serviços do Rio de Janeiro ou de São Paulo, ou até de alguma cidade fora do país. Hoje, algumas empresas já estão mudando suas estratégias, pensando no mercado externo. Isso é o que faz elas se manterem, de certa forma, imunes à crise", comenta Marcus. Além disso, as empresas, de uma forma geral, e até mesmo o comércio, têm dependido cada vez mais dos sistemas de informação. "Imagine você chegar numa sapataria, por exemplo, e o funcionário ir atender você com um sistema manual, sem um catálogo do que se tem no estoque, sem nada. Hoje em dia isso é inconcebível", diz.
O profissional de TI, além de poder ser formado em diversos cursos, pode também atuar em várias áreas. Há a área de software, por exemplo, na qual os profissionais podem criar sites, atuar na parte de ecommerce e criar aplicações para dispositivos móveis; a área de projetos; de redes; e a área de hardware.
De acordo com o presidente da Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações da Paraíba (Sucesu/PB), Claudio Piemonte, o cenário é claro: a crise não atingiu o setor de TIC na Paraíba. "Geralmente no momento de crise, de controle de gestão, se recorre ao software que vai dar com precisão o controle de gastos, estoque, etc nas empresas. Para se trabalhar numa empresa, seja ela qual for, são necessárias as soluções em tecnologia", comenta.
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