Romero recebe cinco convites

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, revelou ontem que já recebeu convites de cinco partidos para deixar o PSDB e disputar a eleição de 2016 em outra legenda. Filiado ao partido há mais de 20 anos, o prefeito disse que não descarta trocar o PSDB por um partido que integre a base aliada do governo federal. Dentre as legendas que fizeram o convite, segundo Romero, estão o PSD, do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, o Pros, presidido na Paraíba pelo major Fábio, o PSC, comandado no Estado pelo ex-deputado Marcondes Gadelha, o PP, que tem como presidente estadual Enivaldo Ribeiro, e até mesmo o PT, partido que faz oposição ao grupo político de Romero.

Apesar dos convites, o tucano salientou que ainda não definiu se vai mesmo deixar a legenda. Ele explicou que essa decisão vai depender, dentre outros fatores, de uma consulta ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB), seu aliado de décadas.

“Não vou dizer que não pode haver essa mudança, não é algo intransponível. Fico profundamente honrado com os convites que recebi de várias legendas partidárias, mas tomarei essa decisão focado em Campina e dialogando com o senador Cássio”, afirmou Romero, citando que no caso do Pros o convite para filiação inclui também a presidência do partido na Paraíba.

Já no caso do PT, o gestor disse que a proposta foi feita pelo presidente da legenda em Campina Grande, Peron Japiassu.

“O convite surgiu do presidente Peron, mas também recebi contato de outras pessoas que têm influência no PT estadual e prestígio político no partido, que querem conversar comigo, o que ainda não ocorreu”, destacou Romero, que recentemente também se reuniu com o ministro Gilberto Kassab e com o presidente do PSD na Paraíba, o deputado federal eleito Rômulo Gouveia.

A possibilidade de disputar a eleição em outro partido vem sendo cogitada por Romero desde o ano passado.

Em entrevista recente ao Jornal da Paraíba, o prefeito já havia dito que o propósito maior da mudança, se concretizada, é se aproximar do governo federal. Na ocasião, ele disse que “quando a gente pensa numa questão (de mudança) partidária, é muito mais pensando na necessidade de estreitar ainda mais a relação com o governo federal, em função da complexidade que é administrar Campina, que demanda muitas necessidades. Talvez a aproximação facilite um pouco essa relação”.