CULTURA
A Fliporto é uma festa
Jornal da Paraíba acompanhou de perro os quatro dias do evento em Recife.
Publicado em 20/11/2012 às 8:00
Se Recife (PE) é a 'Veneza Brasileira', em tempos de Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), Olinda se transforma em uma versão brasileiríssima da Paris de Hemingway, 'uma verdadeira festa'.
Sobretudo nesta 8ª edição, que 'espetacularizou' já no tema: 'A vida é um espetáculo', uma alusão ao homenageado do ano, Nelson Rodrigues, o pernambucano centenário.
Em quatro dias de evento que o JORNAL DA PARAÍBA acompanhou de perto, a Fliporto inovou em relação às edições anteriores com shows musicais e performances teatrais que complementaram a extensa e atordoante programação literária que ocupou a Cidade das Letras, na Praça do Carmo.
Tudo para justificar o culto a Nelson Rodrigues, lembrado com a presença da grande massa de seus rebentos escritores (Nelson Rodrigues Filho, o 'Nelsinho', Maria Lúcia Rodrigues e Sônia Rodrigues) e do seu principal biógrafo: Ruy Castro, acompanhado da esposa e mão direita Heloísa Seixas.
Foram eles, por sinal, que protagonizaram o episódio mais polêmico da Fliporto.
Tudo começou em uma das conferências do sábado, quando Castro e Seixas, insuflados por uma declaração do mediador Geneton Moraes Neto, defenderam com unhas e dentes a aprovação da reforma na chamada 'Lei das Biografias', que será discutida no Supremo Tribunal Federal. A reforma prevê que o biógrafo prescindirá da autorização da família do (ou do próprio) biografado para executar o seu trabalho.
As filhas de Nelson, por sua vez, rechaçaram a proposta no domingo, quando enalteceram não apenas a autorização, como também o pagamento obrigatório de direitos.
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