VIDA URBANA
Médicos do Antônio Targino serão penalizados se emergência parar
Audiência entre Promotoria e Secretaria de Saúde deve discutir uma complementação financeira dos procedimentos realizados pelo hospital nas áreas de ortopedia e neurologia.
Publicado em 20/01/2010 às 14:59
Da Redação
Com Ascom do MPPB
A Promotoria de Justiça da Saúde de Campina Grande vai enviar recomendação aos profissionais de saúde que atuam no Hospital Antônio Targino para que os serviços de urgência e emergência não sejam suspensos. Os médicos que descumprirem a recomendação responderão às penalidades legais. Na próxima semana, uma audiência entre a Promotoria e a Secretaria de Saúde do Estado deve discutir uma complementação financeira dos procedimentos realizados pelo hospital nas áreas de ortopedia e neurologia.
Os especialistas que atuam no Antônio Targino, que é referência no atendimento de urgência e emergência na região da Borborema, denunciaram ao MP que a Secretaria de Saúde não estaria pagando integralmente os serviços prestados nas áreas de neurologia e ortopedia. Segundo a direção do hospital, os procedimentos realizados na unidade custam R$ 1,2 milhão por mês, mas a Secretaria só repassa R$ 600 mil.
Devido à falta de pagamento, os profissionais paralisaram as atividades no último dia 15. Todas as cirurgias eletivas realizadas no hospital foram suspensas e há a ameaça de descredenciamento do serviço no Sistema Único de Saúde (SUS).
A situação levou a promotora de Justiça Luciara Lima Simeão Moura a realizar, na última segunda-feira (18), uma reunião com a direção do hospital, com médicos neurologistas e ortopedistas e com representantes da Secretaria de Saúde de Campina Grande para discutir uma solução para o problema.
“Os recursos financeiros para a área da saúde no município são insuficientes para atender a demanda que inclui pacientes de vários municípios da região. Além da falta de recursos, a secretaria alegou que o repasse não poderia ser maior devido ao teto estabelecido pelo SUS. Por isso, será feita uma nova audiência com a Secretaria de Saúde da Paraíba para que o Estado participe com a complementação para o pagamento desses profissionais”, explicou a promotora.
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