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VIDA URBANA

Brian Guzman vai do rascunho à obra-prima no Espectros

Conheça a trajetória do mentor do time paraibano que conquistou o Brasil no futebol americano. 

Publicado em 10/01/2016 às 14:00

Um garoto sentado em um dos corredores da Universidade Estadual da Paraíba rabiscava alguns pontinhos no próprio caderno. E quando perguntado sobre o que estava fazendo, Brian Guzman respondia: “Estou tentando criar uma forma de enfiar isto na cabeça de um monte de brutamontes”.

Sete anos depois, ele estava na beira do campo do Estádio Almeidão como treinador do João Pessoa Espectros, que perdia para o Coritiba Crocodiles por 22 a 16, faltando apenas um minuto e seis segundos para o fim do jogo que apontaria o campeão brasileiro de 2015. A virada era quase impossível. Quase.

Naquele momento da partida, o árbitro colocou a bola perto da linha de 40 jardas. Brian baixou a cabeça, fechou os olhos e, por alguns poucos segundos, fez uma oração. Ao terminar, mirou o campo e, ao contrário do habitual grito com instruções, aguardou em silêncio o fim da jogada. O avanço foi conseguido, mas o curto tempo fazia com que a tensão subisse a níveis estratosféricos. Ao sair de campo, um dos jogadores jogou o capacete no chão. Brian então estourou: “Coloca o capacete, que o jogo não acabou”.

Realmente não tinha acabado e, ao fim daquele minuto, ele estaria abraçando aquele mesmo jogador e comemorando o primeiro título brasileiro do Espectros. A taça dourada com a bola oval na ponta foi parar nas mãos do treinador. Ele, que havia passado dois anos longe do Exército Fantasma, comandou a conquista, digna de roteiro de filme americano, com direito a muito drama.

Líder é quem melhor sabe da bola oval
Atual treinador da seleção brasileira de futebol americano, Gabriel Mendes concorda que Brian é o brasileiro que mais entende da modalidade. A confiança no trabalho de Brian é tanta, que Mendes disse que só seria o treinador principal da seleção se tivesse ao seu lado “os dois técnicos mais qualificados do país: Brian Guzman (no ataque) e Clayton Lovett (na defesa)”.

"Brian é um líder nato, inteligente, íntegro e extremamente preparado. Apesar de jovem, tem uma maturidade e uma vivência impressionantes. O título do Espectros foi a coroação do brilhante trabalho que ele faz", elogiou Gabriel Mendes.

O respeito de cada atleta é visto antes, durante e depois do jogo. E quando acaba a partida, a expressão muitas vezes sisuda dá lugar a um sorriso debochado e um jeito brincalhão, que nem a própria gata Nina Maria escapa. Em uma de suas postagens após o título brasileiro, com uma foto da gata com o troféu, a legenda dizia: "Bom trabalho trazendo um troféu digno da minha presença, Humano. Deixarei me acariciar como recompensa".

Após ver o seu dono conquistar três títulos nordestinos, um brasileiro, ajudar a levar a seleção brasileira de futebol americano para um mundial, Nina provavelmente diria: “Eu tenho orgulho de você, Humano”.

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Jornal da Paraíba

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