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CULTURA

Ruínas do Cine Continental são ponto de partida para documentário

Walter Carvalho analisa a Sétima Arte no seu mais novo longa-mestragem, 'Um Filme de Cinema'.

Publicado em 20/09/2015 às 12:00

“Comecei o filme de trás pra frente”, comenta o paraibano Walter Carvalho sobre seu novo documentário, que parte das ruínas do Cine Continental, um antigo cinema abandonado de Boqueirão, em pleno Cariri paraibano. “Mais uma vez um filme meu começa e termina na Paraíba. Nunca me separei dela”.

Batizado de Um Filme de Cinema, o longa-metragem abriu o 48º Festival de Brasília na última terça-feira, mas ainda não tem previsão de entrar no circuito nacional.

O documentário escuta cineastas do Brasil e do mundo sobre a Sétima Arte. Nomes como os brasileiros (ou radicados no país) como Hector Babenco (Pixote), Ruy Guerra (Os Fuzis), Julio Bressane (A Erva do Rato) e José Padilha (Tropa de Elite) compartilham na telona suas visões junto com o polonês Andrzej Wajda (Katyn), o inglês Ken Loach (Ventos da Liberdade), o húngaro Béla Tarr (O Cavalo de Turim), o norte-americano Gus Van Sant (Elefante), o chinês Zhang-ke Jia (Memórias de Xangai) e a argentina Lucrecia Martel (A Mulher Sem Cabeça), dentre outros.

“O cinema é composto de planos. O que me chamou a atenção é que muitos desses planos ficam de fora. A ideia inicial era fazer um filme utilizando essas sobras de negativos”, relembra o diretor. “O problema é que esses negativos ficam guardados por certo tempo até serem incinerados e tive essa ideia há 14 anos”.

Abandonando esse pensamento tardio, Walter Carvalho explica que começou a desenvolver uma reflexão sobre o plano cinematográfico com depoimentos de diretores que ele já trabalhou ou vai trabalhar, expandindo para os realizadores que ele tenha interesse pelo seu cinema por alguma razão.

Falando em fragmentos de películas, amor pela Sétima Arte e cinema em ruínas, logo se pensa em Cinema Paradiso (1988), longa do italiano Giuseppe Tornatore, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. “Cinema Paradiso encaixa com a ideia da permanência do cinema”, aponta.
Walter chegou a entrevistar para a produção o ator-mirim Salvatore Cascio, atualmente com seus 36 anos.

Depoimentos
“Eu me lembro quando era jovem, tinha uma frase de Jean-Luc Godard que dizia: ‘O verdadeiro cineasta corta na câmera’. De repente ele se esqueceu, mas eu não”, provoca aos sorrisos o diretor Béla Tarr dentre os 15 depoimentos ao longo do documentário.
“Na verdade eu não faço cinema. Eu conto histórias”, corrige Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças).
“O enquadramento é a palavra e o plano é a frase”, teoriza Philippe Barcinski (Não por Acaso) num plano de Um Filme de Cinema.

Imagem

Jornal da Paraíba

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