icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Verão aumenta casos de cálculo renal

Cálculo renal ou pedra nos rins é uma doença muito comum, causada pela cristalização de sais minerais presentes na urina.

Publicado em 19/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 01/06/2023 às 16:34

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostram que a incidência de cálculo renal aumenta em média 20% durante o verão. “Com as temperaturas elevadas, transpiramos mais e a ingestão de água nem sempre compensa a perda de líquido no organismo”, explica o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da SBN. Dessa forma, diz ele, a urina fica concentrada e as substâncias que normalmente são excretadas acabam retidas e formam as pedras.

Especialmente nessa época é importante tomar alguns cuidados. O primeiro passo é ingerir, no mínimo, dois litros de água por dia. “À noite é mais comum formar o cálculo porque as pessoas seguram mais a urina e aumenta o acúmulo de cristais. Assim, é fundamental beber água também nesse período”, alerta Rinaldi. De acordo com o especialista, também é importante evitar o excesso de vitamina C e optar por uma dieta rica em fibras e frutas, principalmente as cítricas, como laranja e limão. Se já tiver apresentado o problema uma vez na vida, o melhor é procurar um médico e avaliar as funções metabólicas para ver se é necessário ou não abrir mão de algum medicamento.

O cálculo renal ou pedra nos rins é uma doença muito comum, causada pela cristalização de sais minerais presentes na urina.

Trata-se de uma enfermidade com incidência cada vez maior em todo o mundo, atingindo hoje 15% da população mundial.

No Brasil, já atinge de 5% a 12% da população de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, sendo mais comum nos homens e predominando entre os 20 e 40 anos de idade.

Considerada a nova epidemia mundial, a pedra nos rins está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas extremamente frequentes, como a hipertensão arterial, o diabetes, a síndrome metabólica, a doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio, e a insuficiência renal crônica, que pode levar a perda dos rins. O cálculo renal apresenta alta taxa de recorrência (de 80% a 100%) e a história familiar está presente em torno de 50% dos casos.

CUIDADOS COM A LIMENTAÇÃO

Em relação à dieta, existem alguns hábitos que podem aumentar a incidência de pedras nos rins, principalmente se o paciente já tiver concentrações de cálcio na urina mais elevadas que a média da população. Dietas ricas em sal, proteínas, frutose e açúcares são fatores de risco. Curiosamente, apesar da maioria dos cálculos serem compostos de cálcio e surgirem por excesso de cálcio na urina, não há necessidade de restringir o consumo do mesmo na dieta.

“A restrição, aliás, pode ser prejudicial. Se a pessoa já está perdendo cálcio em excesso na urina e não o repõe com a dieta, o seu organismo vai buscar o cálcio que precisa nos ossos, podendo levar à osteoporose precoce”, revela Rinaldi. O único cuidado, segundo ele, deve ser com os suplementos de cálcio, já que o consumo destes, principalmente quando em jejum, pode aumentar o risco de pedra nos rins.

A presença de sintomas sugestivos de cálculo renal, como dor súbita no dorso ou sangue na urina, deve ser avaliada por um médico. “Para o diagnóstico, utilizamos exames de imagem e dosagens sanguíneas e urinárias de substancias como o cálcio, ácido úrico, oxalato, citrato, sódio, potássio e magnésio, entre outros. Esses métodos oferecem informações importantes sobre o tamanho, à localização das pedras e as alterações do metabolismo responsáveis pela sua formação”, afirma Rinaldi.

Mudanças de hábitos alimentares e o aumento da ingestão de líquidos, preferencialmente água, além de medicações específicas são extremamente importantes no tratamento clínico do cálculo renal. Medidas simples, como evitar o excesso de sal e o consumo de carne vermelha e gorduras, evitar o excesso de peso, fazer exercícios regularmente, não fumar e controlar a pressão arterial e o diabetes são fundamentais para prevenir a formação de cálculos.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp