VIDA URBANA
Monumentos estão esquecidos
Busto do poeta Augusto dos Anjos no centro da capital encontra-se em situação de abandono, em meio às árvores e barracas.
Publicado em 21/06/2012 às 6:00
Este ano é comemorado o centenário do livro “Eu”, do poeta paraibano Augusto dos Anjos, mas uma das homenagens a Augusto em João Pessoa se encontra abandonada. É o seu busto, localizado no Parque Sólon de Lucena. Com pouca visibilidade, em meio às árvores e barracas de comércio, o busto do autor passa despercebido pelos transeuntes do Centro da cidade.
O estudante Jonas Laurentino, 15 anos, frequenta a Lagoa diariamente para pegar ônibus e disse que nunca percebeu o busto. Para ele, o monumento precisa de limpeza e manutenção para ser notado. “Sempre passo aqui e nunca tinha visto esse busto. Era bom limpar, tirar esse mato dos lados, porque assim não vai chamar atenção de ninguém”, avaliou.
Outro poeta sofre com o abandono, Manoel José de Lima, conhecido como Caixa D'água, que tem uma estátua em sua homenagem na Praça Aristides Lobo, também no Centro da cidade. A estátua foi instalada em 2007, mas no ano passado foi roubada a mala que ficava na mão esquerda do escritor, conforme denunciou na época o JORNAL DA PARAÍBA. Desde então, Caixa D'água aguarda que sua mala seja devolvida.
De acordo com a diretora de Planejamento e Licenciamento da Coordenadoria do Patrimônio Cultural de João Pessoa (Copac), Rosângela Regis, a visibilidade do busto de Augusto dos Anjos foi atrapalhada pelas modificações feitas na Lagoa. “Houve muita alteração das vias de pedestres, necessidade de instalar o posto policial, que acabou ficando na frente dele, por exemplo”, explicou a diretora, que adiantou que há um projeto de reestruturação e reordenamento da área.
O órgão também está estudando uma maneira de substituir a maleta de Caixa D'água que foi roubada. “O grande desafio é porque corremos o risco de substituir e a mala ser roubada de novo. Tentamos ver outro material, que não tenha tanto valor como o bronze”, explicou.
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