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VIDA URBANA

Jogo virtual incita à violência

Jogo Eletrônico está sendo vendido, em plena luz do dia, a crianças e a adolescentes no Centro de João Pessoa.

Publicado em 11/10/2013 às 6:00

Um jogo eletrônico que incentiva a violência e o desrespeito às leis está sendo vendido, em plena luz do dia, a crianças e a adolescentes no Centro de João Pessoa. O produto é chamado de GTA-5 e leva o jogador a travar lutas num cenário virtual, na pele de um bandido.

No jogo, o criminoso usa armas, atira contra a polícia e comete assaltos. Só vence a brincadeira o participante que for mais agressivo. Por conta desse conteúdo, a embalagem do material alerta que a venda é totalmente proibida aos menores de 18 anos. Apesar disso, o produto está sendo adquirido por adolescentes e por pais que irão presentear os filhos no Dia das Crianças.

É o que conta um vendedor do Shopping Terceirão, no Centro de João Pessoa. Ele explica que o GTA-5 possui muitas cenas de violência, com lutas, brigas, mortes e tiroteios. Por isso, não pode ser jogado por crianças. “Só ganha pontos quem cometer todos esses crimes. É preciso ser um bandido no jogo”, diz ele.

O comerciante admite que vende o material a menores de 18 anos e que não exige a carteira de identidade dos compradores, como manda a lei. Mas destaca que tenta alertar o cliente para os riscos de assistir aos jogos. “Eu digo que esse jogo é muito perigoso. Quando é um pai que vem aqui e pede sugestão de jogo, eu tento sugerir outros modelos. Mas muita gente insiste e eu acabo vendendo. Esse produto está tendo boa saída”, afirma.

O jogo está disponível em diversos pontos do Shopping Terceirão. O jogo é vendido em formato de CD. A versão original de fábrica custa entre R$ 80,00 a R$ 100,00. Mas a cópia falsificada é vendida ao preço de R$ 10,00. “O preço é bom. Por isso, está se tornando popular. Eu vendo e também explico que jogo é violento, mas muitos compradores são maiores de idade.

São pais que dizem que vão levar para os filhos. Eu costumo dizer que a responsabilidade é do pai, mas vendo”, declara outro vendedor do Shopping Terceirão.

Para as autoridades, a situação é motivo de preocupação. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança do Ministério Público da Paraíba, Soraya Escorel, disse que a venda ilegal desses produtos pode interferir no comportamento das crianças. “A convivência precoce com esses brinquedos violentos pode tornar os jogadores mais agressivos. Os pais não devem incentivar isso”, observa.

Ela disse que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê penas para quem vende ou compra esses materiais para crianças. “Assim como é proibido vender bebida alcoólica e cigarro para os menores de 18 anos, também é proibido expor as crianças e adolescentes a esses jogos que estimulam a violência. Tanto o vendedor quanto os pais que facilitam essa exposição podem ser responsabilizados e responder a processos criminais”, alertou.

A promotora ainda acrescentou que vai adotar medidas para inibir esse comércio. “Vou fazer os encaminhamentos necessários para que essas denúncias sejam apuradas”, assegurou.

AÇÕES DO PROCON

O Procon do Estado também vai combater a venda dos jogos a crianças e adolescentes. O secretário do órgão, Marcos Santos, disse que não tinha conhecimento desse comércio ilegal, mas declarou que vai tomar providências para combater essa comercialização.

“Vou determinar que a equipe de Fiscalização do Procon vá ao local conferir essa situação. Se for constatada que a venda ilegal, faremos apreensões dos produtos e daremos prazo de dez dias para que os responsáveis apresentem suas defesas”, declarou.

O Shopping Terceirão é um prédio que abriga comerciantes ambulantes. Apesar dessa informalidade, Santos acrescentou os vendedores são obrigados a cumprir a lei. “Se um produto é recomendado para maiores de 18 anos de idade, não se pode aceitar que esse mesmo produto seja vendido para crianças. É preciso cumprir as leis. Vou mandar a fiscalização fazer varredura no Terceirão”, assegurou.

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Jornal da Paraíba

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