VIDA URBANA
Comerciantes temem mudanças no trânsito
Comerciantes temem prejuízo pela proibição de estacionamento de veículos em faixa que será exclusiva para o trânsito de ônibus.
Publicado em 12/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 27/04/2023 às 13:18
Após o anúncio feito na semana passada pela Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STTP) de Campina Grande sobre a implantação do corredor exclusivo para os ônibus na avenida Floriano Peixoto, no trecho entre o Hospital de Trauma e a Câmara Municipal de Vereadores, os comerciantes da localidade passaram a temer por prejuízos pela proibição de estacionamento na faixa da calçada da via.
A partir da semana que vem, os consumidores só poderão parar nas ruas adjacentes, para não correr o risco de serem multados ao descumprir a regulação.
Ao todo, são 22 pontos comerciais que não possuem estacionamento regulamentado nas calçadas e que recebem a maioria de seus clientes após os mesmos estacionarem na avenida. É o caso de Giseuda Rodrigues de Lima, 53 anos, e que há três tem uma banca de jogo no bairro do Centenário, e que agora passou a temer a diminuição de sua clientela.
“Se meus clientes não puderem mais estacionar aqui na frente, vai ser muito difícil para mim, porque não serão todos que vão estacionar longe para vir jogar ou fazer uma recarga no celular.
Se essa mudança vai melhorar na fluidez do trânsito e diminuição de acidentes, com certeza vai prejudicar o comércio”, projetou.
E o receio da comerciante é o mesmo de proprietários de panificadoras, mercadinhos, lojas de roupas, farmácias, chaveiros, borracharia, lanchonetes, bancas de revista, entre outros, que procuraram a STTP para solicitar um período de adaptação da mudança para que a clientela se habitue a partir da alteração no trânsito.
Dessa forma, segundo Vicente Rocha, superintendente da STTP, a partir de semana que vem, até o final do mês de dezembro, serão iniciadas campanhas educativas para que todos possam perceber quais alternativas podem ser usadas para que não haja prejuízos para os comerciantes, assim como a regulamentação seja cumprida.
“Esse trecho tem um percurso de 4,5 quilômetros, por onde passam 72 ônibus de 12 rotas, e mais de 1.800 veículos em horário de pico transportando mais de 2.500 pessoas. E uma faixa exclusiva é essencial para tenhamos uma melhoria na mobilidade. Já começamos a instalar placas e tachões e a partir da semana que vem vamos iniciar uma campanha educativa.
Como os comerciantes pediram um tempo maior de adaptação, só a partir de janeiro é que poderão ser aplicadas multas para quem insistir em estacionar na área destinada apenas para ônibus, táxis ocupados e ambulâncias”, alertou o superintendente Vicente Rocha se referido à infração que se cometida irá custar R$ 127,69 e mais cinco pontos na carteira.
Apesar de mais de um mês para adaptação dos comerciantes da região, o jornaleiro Evandro Neiva já está pessimista e crê que essa mudança não deveria acontecer, principalmente pela concentração comercial que a avenida Floriano Peixoto se tornou nos últimos anos.
“Isso aqui virou quase um minicentro em relação ao comércio. São muitas lojas e serviços que as pessoas não precisam nem sair do carro. Se o movimento cair mesmo, eu vou ser obrigado a ir para outro lugar, porque meus clientes não vão parar o carro longe e vir comprar um jornal, por exemplo”, disse Evandro.
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