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VIDA URBANA

Manoel Monteiro vai ser sepultado amanhã

Velório do poeta e cordelista Manoel Monteiro vai acontecer na noite desta segunda-feira (9) no Teatro Municipal Severino Cabral.

Publicado em 10/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 30/01/2024 às 14:06

O velório do poeta e cordelista Manoel Monteiro, 77 anos, encontrado morto em um quarto de hotel na cidade de Belém (PA), vai acontecer na noite de hoje no Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande. O corpo do cordelista foi liberado do Instituto de Medicina Legal (IML) de Belém na tarde de ontem e deverá chegar a Campina por volta das 17h.

Inicialmente, o velório será fechado para familiares e amigos e depois aberto ao público. Já o sepultamento ocorrerá amanhã de manhã, no cemitério Campo Santo Parque da Paz.

Segundo a assessoria de imprensa do instituto, a causa da morte de Manoel Monteiro permanece indefinida, já que o corpo estava em estado de putrefação. Exames complementares foram realizados e o laudo só deve ser concluído nos próximos 20 dias. O caso continua sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Estado do Pará.

Manoel Monteiro estava desaparecido desde o dia 30 de maio, quando saiu de sua casa em Campina Grande. De acordo com o delegado Eduardo Rolo, que investiga o caso, existe a suspeita de que o poeta tenha se matado, tendo em vista que, no quarto onde ele estava, foram encontradas lâminas de barbear e os pulsos dele estavam cortados. Os médicos legistas acreditam que ele estava morto há pelo menos 48 horas.

A gerente do Hotel Unidos, em Belém, Cristina Ferreira, onde o poeta foi encontrado morto, contou os detalhes do que Manoel Monteiro fez antes de ser encontrado no quarto. “ Ele chegou no hotel na madrugada da última quarta-feira e pediu um quarto.

Pela manhã ele desceu para o refeitório e tomou café. Após o horário de almoço ele falou com a camareira e disse que iria ficar no quarto e não queria ser incomodado. Depois disso ele não saiu mais do quarto, nem fez pedidos na recepção”, detalhou a gerente.

Ainda segundo Cristina Ferreira, a morte dele foi percebida por volta das 14h40 do último sábado, depois que os funcionários sentiram um mau cheiro no interior hotel e polícia arrombou a porta do quarto onde ele estava. “Começamos a consultar os quartos, perguntando aos hóspedes de onde vinha o mau cheiro, mas o quarto dele foi o único onde não fomos atendidos.

Neste momentos já chamamos a polícia, pois suspeitamos que poderia ser alguém morto”, disse Cristina Ferreira. As imagens dos circuitos de câmera já foram repassadas para a Polícia Civil.

DEPRESSÃO

Segundo a filha do poeta, Océlia Monteiro, apesar de sempre ter vivido com alegria, nos últimos dias Manoel Monteiro estava um pouco depressivo, depois que começou a ter complicações com suas doenças. O poeta era hipertenso, diabético e estava começando a ficar com a visão comprometida. Mesmo tendo que usar lupa para poder ler, ele ainda escrevia. No últimos mês de fevereiro ele sofreu um infarto, durante o carnaval

A última vez que a família teve notícias do poeta, antes dele ser encontrado morto, foi no dia 30 de maio quando ele saiu de casa pela manhã e pegou um transporte alternativo com destino a Recife/Pernambuco. “Ele sempre foi independente e depois que começou a ter limitações por conta das doenças ficou triste”, disse Océlia.

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Jornal da Paraíba

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