icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Repórter especial conta detalhes de comício de Obama

Não foi preciso convidar músicos ao comício como estratégia para atrair a população - como acontecia nos “showmicios” do Brasil.

Publicado em 30/10/2008 às 16:36

Caroline Marques,
especial dos EUA para o Paraíba 1

Dia ensolarado, mas muito frio. Uma multidão agasalhada aguarda Barack Obama, o candidato à presidência dos Estados Unidos que tem atraído holofotes no mundo inteiro. “Duas palavras: seis dias”. Foi com essa frase que o democrata começou seu discurso nesta quarta-feira (29) em Raleigh, capital da Carolina do Norte, referindo-se ao tempo que faltava para o dia D das eleições presidenciais dos Estados Unidos.

De maioria republicana, o Estado tem sido um dos focos de Obama para tornar possível sua vitória no dia 4 de novembro. A tranformação do Estado vermelho para azul não tem sido fácil, mas os democratas intensificam a campanha nos momentos finais com grande esperança de vitória.

O interessante de eventos como esse é perceber quão engajados politicamente são os cidadãos estadunidenses. Não foi preciso convidar músicos ao comício como estratégia para atrair a população - como acontecia nos “showmícios” do Brasil. As pessoas estavam la para ver e ouvir Barack. Sua mera aparição já era motivo de festa.

Milhares de pessoas fizeram fila para entrar no local do comício e vendedores ambulantes circulavam com botons, camisetas e outros adereços com a estampa do afro-americano mais falado do momento, além de palavras e imagens que enfatizavam sentimentos como esperança e mudança.

E como todo grande evento, a organização era um espetáculo à parte. Na entrada todos eram revistados e nada além da roupa do corpo e de câmeras era permitido lá dentro. O sistema de segurança impressionava os mais provincianos. Snipers (atiradores de elite) em cima dos prédios que cercavam o local do evento, helicópteros sobrevoando a área, guarda-costas infiltrados na multidão.

Ao som das preferencias musicais de Obama - algumas que inclusive fazem parte do CD “Yes We Can: Voices of a Grassroots Movement” que esta sendo vendido para ajudar a financiar sua campanha -, esperávamos a aparição do senador. Antes de começar, algo tipicamente norte-americano: uma oração coletiva e um coral cantando o hino nacional.

Com grandes frases de efeito, Obama agitou os democratas presentes durante mais de 30 minutos em que esteve no palanque. Falou sobre política externa, defendendo a retirada das tropas norte-americanas do Iraque; ressaltou a importância de mudança de atitude para lidar com a crise econômica e nesse ponto atacou John Mccain por adotar postura semelhante a do atual presidente George Bush; e defendeu-se das acusações da oposição sobre suas ligações com o comunismo: “Não podem me chamar de comunista só porque eu dividi meus brinquedos no jardim de infância”.

Mas o grande momento foi mesmo quando, ao perceber que alguém havia desmaiado no público, Obama interrompeu seu discurso, pediu que ajudassem e, em um estalo de marketing pessoal, adiantou-se e jogou sua garrafa d’agua para que dessem a mulher desacordada. A multidão foi a loucura. Houve ainda um segundo desmaio e Obama repetiu o cavalheirismo (demagogia?), mas não perdeu a piada “Por favor, pessoal, vamos comer antes de vir aos comícios”. E foi nesse tom de humor e euforia que Obama se despediu de Raleigh, deixando uma impressão de que o azul realmente já reluz na Carolina do Norte.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp