Recomeça 3º temporada de 'The Walking Dead'

O mundo como conhecemos é destroçado quando uma praga transforma as pessoas em mortos-vivos. Com essa premissa, além do foco nos dramas de cada sobrevivente, o sucesso dos quadrinhos da série The Walking Dead se repete na sua adaptação da TV. A retomada de sua 3ª temporada, com mais oito episódios inéditos, acontece hoje, às 21h30, no canal pago Fox, como a exibição de ‘The Suicide King’.

Ao longo da meia-temporada, os sobreviventes liderados pelo ex-policial Rick Grimes (Andrew Lincoln) encontram uma prisão de segurança máxima desativada, limpam-a dos mortos-vivos e se instalam em suas celas. Ao mesmo tempo, Andrea (Laurie Holden) – desgarrada do grupo – é salva pela espada de Michonne (Danai Gurira).

As duas são interceptadas por um grupo fortemente armado, sendo levadas para uma cidade fortificada liderada por um homem denominado Governador (David Morrissey), que se mostra sádico e capaz de tudo para manipular sua pequena milícia. Principalmente quando enxerga uma chance de ter mais segurança, tomando para si a prisão onde está o outro grupo sobrevivente.

Agora, os momentos de tensão retomam com a eminente colisão entre os principais antagonistas. Apesar de não se encontrarem ainda, tanto Rick quanto o Governador estão cientes da existência um do outro.

O gancho da guerra que se avizinha foi a manipulação do Governador para colocar os irmãos Daryl (Norman Reedus) e Merle Dixon (Michael Rooker) para lutarem até a morte na arena dos ‘andarilhos’. Merle é do grupo de Rick e foi pego em uma missão de resgate, enquanto Daryl, o braço-direito do Governador, foi apontado injustamente de ser um traidor.

Com uma 4ª temporada garantida (os episódios inaugural e final da 3ª meia-temporada bateram recorde nos EUA, somando mais de 21 milhões de espectadores), a ‘dança das cadeiras’ entre os produtores de The Walking Dead continua: depois da saída de Frank Darabont (diretor e roteirista de filmes como Um Sonho de Liberdade, À Espera de um Milagre e O Nevoeiro) no final da 1ª temporada, o substituto Glen Mazzara joga o pano no final da atual.

A rede norte-americana AMC contratou Scott Gimple, produtor-executivo e roteirista desde o final da 1ª temporada, para preencher sua vaga no comando da série.

NOVOS RUMOS
The Walking Dead trilha caminhos diferentes do título em quadrinhos criado pelo escritor Robert Kirkman e atualmente desenhado por Charlie Adlard.

A premissa de Kirkman não é seguir a velha fórmula dos filmes de zumbis. Ele sempre queria saber como a humanidade se comportaria quando “a poeira abaixasse”. Os conflitos e dramas – psicológicos e estruturais – de um mundo sem governo, sem segurança e sem as necessidades básicas que vivemos no nosso cotidiano. Esse ineditismo frente a um tema tão usado na cultura pop é a explicação de um fenômeno que já existia nas HQs (batendo recordes de vendagem) e migrou para a TV.

Os rumos dos sobreviventes, mortes e interações de personagens que existem no papel com os criados exclusivamente para a adaptação fazem cada capítulo do seriado ser imprevisível e independente. Um exemplo é Tyreese (Chad Coleman), personagem que aparece logo no começo dos quadrinhos, mas que chega no final desta meia-temporada.

No Brasil, as HQs estão sendo publicadas em duas versões pela editora HQM: em formato álbum, para livrarias e lojas especializadas, intitulado Os Mortos-Vivos, que se encontra no 10º volume (cada edição contém seis números originais), e como título mensal para bancas, The Walking Dead, atualmente na 4ª revista.