POLÍTICA
Expedito arruma a casa e faz obras
Prefeito de Bayeux pela segunda vez Expedito Pereira, do PSB diz que pegou a prefeitura com um rombo de R$ 30 milhões.
Publicado em 11/04/2013 às 6:00
Prefeito por mais uma vez da cidade de Bayeux, Expedito Pereira, do PSB, revela que pegou a prefeitura com um rombo de R$ 30 milhões. Mesmo com tantas dificuldades, ele afirma que está conseguindo arrumar a casa. “Nós encontramos um rombo acima de R$ 30 milhões, de todo o tipo, com a Previdência Social, com o Instituto de Previdência Municipal, com fornecedores, com precatórios”. Nono entrevistado pelo JORNAL DA PARAÍBA, dentro da série '100 Dias de Gestão. E Agora, Prefeito?', Expedito faz um balanço positivo da sua administração. Ele informou que várias parcerias estão sendo firmadas com o governo do Estado. “Eu acredito que este é o ano de Bayeux na captação de recursos”, ressalta.
JORNAL DA PARAÍBA - Em 100 dias de gestão o senhor diria que deu para arrumar a casa?
EXPEDITO PEREIRA - - Eu diria que está 90% arrumada. Temos 10% que são os débitos, infelizmente, muitos, principalmente da previdência municipal, INSS, dívidas com precatórios, que vêm me tirando o sono. Mas eu diria que em 90% deu para a gente arrumar, sobretudo na saúde, na educação, na infraestrutura. Estamos tocando algumas obras. Vamos iniciar outras, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), uma quadra Poliesportiva no centro da cidade, pegando o bairro da Imaculada. Vamos ainda inaugurar o binário do Mário Andreazza e estamos aguardando outras obras. Concluímos um projeto de calçarmos 100 ruas. Temos um outro projeto, esse através de um empréstimo da ordem de R$ 30 milhões. Com isto, nós esperamos deixar Bayeux com 100% das ruas calçadas. Estamos, em parceria com a Cagepa, por determinação do governador Ricardo Coutinho, que assinou no ano passado a ordem de serviço para fazer 70% do esgotamento sanitário. Bayeux só tem 10% saneado e passará a ter 80%. Os 20% que faltam nós estamos aproveitando essa abertura que a presidente Dilma Rousseff deu para os estados e municípios apresentarem projetos. Nós tínhamos duas alternativas, ou a prefeitura assumiria estes 20% com recursos federais ou passaríamos para a Cagepa. E a Cagepa está assumindo, porque acreditamos que é a Cagepa que melhor sabe fiscalizar e orientar uma obra de saneamento básico.
JP - E qual a situação da Educação?
EXPEDITO - Nós fizemos na cidade em parceria com o governador quadras de colégios estaduais. Estamos vendo as obras da Escola Técnica Estadual crescerem. Por sinal, estamos reivindicando uma escola técnica municipal, através do Ministério da Educação, que colocou à nossa disposição esse equipamento e já estamos concluindo o projeto. Estamos também aguardando o desenrolar do binário de Bayeux, que é um sonho antigo, de muito tempo. Acreditamos que em breve essa obra esteja sendo entregue à comunidade. Lamentavelmente, a empresa que ganhou a licitação está passando por muita dificuldade, por isso que essa obra ainda não foi entregue, mas já está servindo à comunidade. Muita gente, no horário de pico, já pega aquela nova pista, mesmo sem estar concluída. Eu acredito que este é o ano de Bayeux na captação de recursos e na parceria com o governo do Estado nesse novo bolo do Pacto Social. Bayeux será contemplada com uma escola.
JP - E na Saúde?
EXPEDITO - O Pacto Social vai contemplar também com equipamentos para o hospital materno infantil, que já voltou a funcionar, eu diria que está funcionando com 80% da sua capacidade. Outro destaque é o mutirão da saúde. Nós já fizemos mais de uma centena de cirurgias de catarata, pessoas que esperavam essa cirurgia há dois, três anos. Fizemos mais de uma centena de cirurgias de fimose. Crianças e adolescentes que esperavam essa cirurgia há anos. Estamos em breve começando o mutirão para fazer centenas de cirurgias de próstata. Também estamos aguardando o início das cirurgias de adenoides e amídalas. Nós também estamos aguardando a instalação da Casa da Cidadania. Nesse assunto, nós nos aprofundamos em três audiências que eu tive com o governador. Desde a primeira audiência, no dia 9 de outubro, que esse assunto está sendo discutido. Estamos oferecendo um prédio, que sediará este equipamento de grande utilidade.
JP - De quanto foi o rombo que o senhor encontrou na prefeitura de Bayeux?
EXPEDITO - Nós encontramos um rombo acima de R$ 30 milhões, de todo o tipo, com a Previdência Social, com o Instituto de Previdência Municipal, com fornecedores, com precatórios, inclusive a folha de dezembro encontramos atrasada. Para você ter ideia, aqueles empréstimos consignados, que a prefeitura desconta do funcionário e não repassava para o banco. Nós encontramos alguns milhões de reais nessa questão também. O débito apurado até hoje é na ordem de R$ 30 milhões. Nós estamos fazendo uma auditoria interna, acredito que termine nesses próximos dias. Pedimos também a ajuda do Tribunal de Contas, só que o tribunal não tem gente para fazer auditoria. Então, nós contratamos um escritório particular que está levando adiante esta auditoria e acreditamos que em breve estará dando os resultados para nós e vamos encaminhar ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas. Assim, nós vamos ter um retrato melhor da situação que encontramos.
JP - Com relação a pessoal, como anda a situação da prefeitura com os funcionários?
EXPEDITO - Nós estamos com o pagamento em dia. Nós demos um aumento razoável para aqueles que ocupam determinadas funções, como diretor de creche, diretor de escola, secretário escolar, diretor de unidade de saúde. Estamos com o pagamento em dia. Nós começamos um treinamento com as diversas categorias de funcionários desde janeiro. Acreditamos melhorar cada vez mais a assistência ao povo, através dos funcionários. É este povo que paga a nós servidores públicos. A nossa maior obra é cuidar das pessoas. É sempre uma recomendação minha priorizar a quem nos procura, principalmente aqueles mais humildes.
JP - Qual o principal problema em infraestrutura em Bayeux?
EXPEDITO - Temos uma situação que beira o caos e é uma tragédia anunciada que é o caso daquela comunidade que fica atrás da antiga Brascorda, chamada Porto do Moinho. Fizeram uma obra dentro dos galpões da Brascorda, que deixou o terreno fragilizado, inclusive danificou o calçamento daquela comunidade, causando rachaduras em 45 casas. Dessas, três ou quatro já caíram. Desde a campanha que eu descobri esse problema. Mas logo depois da eleição eu mobilizei o Ministério Publico, a defesa civil do Estado e do município e agora estou acionando também a União. A Superintendência do Patrimônio da União foi acionada, porque aqueles terrenos são área de mangue. Tivemos com a superintendência mais de uma vez, ela mandou um representante que participou de uma grande reunião, que fizemos há 20 dias. Estou tentando retirar principalmente aquelas 45 famílias. Não temos como fazer essas casas agora. Nós vamos pagar aluguel e demolir aquelas casas, porque se não demolir o pessoal volta.
JP - Como o senhor pretende marcar sua gestão como prefeito de Bayeux?
EXPEDITO - A maior obra é cuidar das pessoas. Pretendo cuidar bem das pessoas para que um dia eu seja lembrado como alguém que não saiu do meio do povo, que dava atenção a todo mundo, que dava carinho e atendia às necessidades maiores daqueles que nos procuram. Isso nós temos feito e isso eu tenho pregado para toda a equipe. Se você for no meu gabinete, vai ver que além de estar atendendo a todos que me procuram, não importa qual seja o assunto, as pessoas são bem tratadas. Eu quero que essa gestão, que é a quarta, seja marcada, como as outras foram, como o sujeito que foi eleito para cuidar das pessoas. Não obstante, eu sou o prefeito que mais fez casas na história de Bayeux. Eu sou o prefeito que mais fez escolas na história de Bayeux. Sou o prefeito que mais instalou unidades de saúde na história de Bayeux e que também fez mais calçamentos. Estamos reativando as aulas de informática, estamos reativando a banda de música, criada por mim há 14 anos. Acreditamos que vamos tirar milhares de jovens da ociosidade, da desocupação e consequentemente da droga. Eu acredito que o grande problema da droga é a falta de ocupação da juventude, que encontra nisso um campo fértil para proliferar.
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