Socorro Farias abre o seu baú de histórias

O escritor cearense Ronaldo Correia de Brito gosta de dizer que seus livros são seus 'baús de ossos', lembrando da personagem Remédios, de Cem Anos de Solidão (1967), que guardava em um baú os restos mortais de seus antepassados.

Em Memórias Guardadas no Baú de Aninha (Editora A União, 874 páginas, R$40), Maria do Socorro Farias de Almeida abre o baú de histórias de sua tetravó, fazendo uma genealogia de sua família e de muitas outras que fizeram a história de algumas cidades da região do Cariri, seu berço materno.

"Sempre fui uma ouvinte muito atenta e, apesar de ter frequentado pouco a escola, fui uma leitora ávida de José de Alencar e dos livros da Biblioteca das Moças (série de romances publicada no Brasil entre os anos de 1920 e 1960)", conta Socorro Farias.

A autora, que teve seus primeiros contatos com as páginas dos romances no acervo do Grupo Escolar Teodósio de Oliveira Ledo, na cidade de Boa Vista, volta para lá hoje à noite, às 19h, para lançar seu segundo livro (o primeiro Abrindo o Baú de Aninha, foi publicado em 1998 e já era um preâmbulo dos 'causos' que compõem o romance atual).

Segundo Farias, ainda não há previsão para que o livro seja lançado em outras cidades. "Sou tímida quando vejo muita gente", brinca.

Serviço
• MEMÓRIAS GUARDADAS DO BAÚ DE ANINHA, de Maria do Socorro Farias Almeida. Lançamento no Grupo Escolar Teodósio de Oliveira Ledo (Centro, Boa Vista, Cariri), hoje, 19h.