Cartaxo evita defender José Dirceu: 'é uma questão que cabe à Justiça'

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), evitou, nesta terça-feira (4), defender publicamente o ex-ministro da Casa Civil e companheiro de partido José Dirceu, preso na segunda-feira (3) durante mais uma etapa da Operação Lava Jato. O gestor disse apenas que espera que Dirceu tenha o legítimo direito de defesa. As declarações foram dadas após a abertura dos trabalhos da Câmara Municipal.

“[A prisão] é uma questão que cabe à Justiça, eu tenho dito isso claramente. As instituições têm autonomia, tem independência no país inteiro, a Polícia Federal , o Ministério Público, a Justiça têm cumprido seu papel. A gente espera tão somente que Zé Dirceu e os demais possam ter o legítimo direito de defesa como todo cidadão brasileiro tem. Essa é uma questão que a Justiça está se pronunciado e cabe a cada um fazer a sua defesa”, afirmou Cartaxo.

José Dirceu foi preso preventivamente pela Polícia Federal e o juiz federal Sérgio Moro decretou ainda o bloqueio de até R$ 20 milhões do ex-ministro, além de determinar o bloqueio de bens no mesmo valor de outros seis alvos da investigação. Moro determinou que os presos fossem transferidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). A autorização da transferência de Dirceu foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

Após a abertura dos trabalhos na Câmara, o prefeito também falou sobre a relação com os vereadores. “Eu tenho uma relação muito boa com todos aqui, vamos continuar de mãos dadas fazendo o melhor pela cidade”, afirmou, destacando que tem uma “bancada gigantesca” no Legislativo.

Cartaxo também minimizou o fato de alguns partidos que fazem parte da sua base aliada não terem ainda garantido apoio à sua reeleição em 2016. “Os vereadores estão na nossa bancada desde janeiro de 2013, estão mantendo a linha, a postura, a coerência política e a gente espera que os partidos possam ter essa leitura”, pontuou.