‘Cercado’ pelo tráfico Geisel recebe operação

Cercado por comunidades marcadas pelo tráfico de drogas e homicídios, o bairro do Geisel, em João Pessoa, recebeu durante o último final de semana a ‘Operação Nômade’, com implemento do efetivo policial em todas as ruas. Ainda neste semestre, o bairro recebe a primeira Unidade de Polícia Solidária (UPS) da zona sul da capital.

Para o tenente-coronel Lívio Sérgio, comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, as comunidades Nova República e Citex são consideradas as mais violentas e preocupantes na região. “Além disso, existe o conjunto João Paulo II, onde há um alto índice de tráfico e outros crimes. Proximidade do Geisel com o bairro do Grotão também faz com que ele seja rota de passagem para drogas”, disse o tenente-coronel Lívio.

Os moradores do bairro convivem com a insegurança até mesmo na regiões onde há mais movimentação de pessoas e veículos. O comerciante Martinho Vieira já perdeu as contas de quantas vezes teve o seu fiteiro arrombado e alvo de assaltos à mão armada. “Depois que eu coloquei alarme com sensor de presença os assaltos diminuíram, mas aqui no bairro existem muitos casos de assaltos a residências e a pessoas”, relatou Martinho Vieira.

No Geisel, o perigo se esconde nas ruas consideradas mais desertas, entretanto as melhorias no quesito segurança já são observadas. “Eu já presenciei vários assaltos aqui na rua. Quem pratica na maioria das vezes são dois homens em uma moto. O policiamento ainda precisa melhorar muito aqui no bairro”, afirmou Advangilson Ferreira, proprietário de um mercadinho.

O 5º BPM disponibiliza diariamente, sempre a partir das 17h, um ponto fixo de policiamento no bairro, onde a população pode encontrar com facilidade uma guarnição. “Nós já temos visto mais viaturas nas ruas, inclusive de moto patrulhamento, fazendo rondas nas ruas mais distantes e desertas, com isso nos sentimos mais seguros”, completou Martinho Ferreira.

Outro recurso que deve reforçar a segurança do bairro é a inauguração de uma Unidade de Polícia Solidária (UPS). “O policiamento comunitário é uma filosofia nova. Antes, a polícia contava com postos, mas não adianta apenas o prédio, é necessária essa filosofia de integração entre a polícia e a comunidade”, destacou o tenente-coronel Lívio.