VIDA URBANA
Agentes de saúde paralisam serviços nos PSFs de Campina Grande
Cerca de 600 agentes comunitários de saúde estão em greve desde 1º de janeiro. Com a paralisação, o atendimento no Programa de Saúde da Família fica prejudicado.
Publicado em 04/01/2010 às 11:15
Karoline Zilah
Cerca de 600 agentes comunitários de saúde de Campina Grande estão em greve desde a última sexta-feira (1º de janeiro). Com a paralisação, o atendimento no Programa de Saúde da Família (PSF) da rede municipal fica prejudicado, uma vez que não está sendo oferecido o acompanhamento a pacientes hipertensos, diabéticos, gestantes e portadores de câncer, entre outros.
De acordo com Napoleão Maracajá, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema, mais de 90% dos profissionais já aderiram à greve. Segundo ele, a categoria não reivindica aumento salarial, mas o cumprimento das leis já estabelecidas.
Entre os problemas levantados, estão o direito de receber o salário no mesmo dia dos demais servidores da Prefeitura de Campina Grande e receber na íntegra o repasse do Governo Federal, que sofre um desconto de R$ 21.
A Secretaria de Saúde de Campina Grande informou que que o desconto é garantido por lei como verba de custeio. Napoleão Maracajá rebateu e informou que a contrapartida não cumpre com o custeio. “Não é verdade porque eles (os agentes de saúde) não têm protetor solar, não têm material de expediente”, comentou.
Mais categorias prometem greve
Além dos agentes de saúde, cerca de 4 mil profissionais à serviço da Prefeitura de Campina Grande também programaram uma série de reivindicações e greves para o mês de janeiro. Estão envolvidos nos protestos funcionários do magistério (secretários, merendeiros, auxiliares de serviço), vigilantes e agentes de limpeza urbana.
As categorias exigem que a Prefeitura receba seus representantes para negociar as insatisfações. De acordo com o calendário programado pelo Sintab, a previsão é de que os garis iniciem a greve no dia 20 de janeiro. Já os funcionários do magistério e os vigilantes prometem cruzar os braços a partir do dia 31 de janeiro, caso as reivindicações não sejam atendidas pela Prefeitura.
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