VIDA URBANA
Apenas 18 veículos que fazem o transporte escolar estão liberados
Prazo para inspeção se encerrou nesta sexta-feira (23), mas segundo a STTP, 10 motoristas ainda passrão por vistoria.
Publicado em 24/01/2015 às 6:00 | Atualizado em 27/02/2024 às 18:16
Dos 49 veículos que realizam transporte escolar em Campina Grande, apenas 18 foram liberados para circular no primeiro semestre de 2015, após vistoria realizada na Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STTP). O prazo inicialmente acabaria ontem, mas 10 motoristas não compareceram, por estarem viajando e se comprometeram de levar os seus veículos ao órgão na próxima semana, quando começam as aulas na maioria das escolas particulares da cidade.
Os outros profissionais restantes não justificaram a ausência e correm o risco de perder a autorização para trabalhar, caso não passem pela vistoria semestral, nos próximos dias. Os transportes que foram liberados receberam um adesivo na cor azul-marinho, com a permissão para o tráfego até o mês de julho.
Os motoristas faltosos precisam se apresentar até a próxima semana, sob pena de perderem a autorização para continuar trabalhando. Caso contrário, poderão ser flagrados nas fiscalizações realizadas regularmente na cidade e mesmo que não sejam identificados em um primeiro momento, quando eles forem ao Departamento Nacional de Trânsito (Detran), para renovar o licenciamento, terão de procurar a STTP para que não haja o bloqueio do veículo.
Para receber a liberação, após a vistoria, é necessário que o condutor esteja com a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) regularizada, apresente a documentação que certifique a inexistência de antecedentes criminais, certificado de curso de capacitação e alvará de licença. Além disso, o veículo precisa estar em boas condições na parte mecânica e elétrica e apresentar cintos de segurança em perfeito estado de conservação.
A gerente de transportes da STTP, Araci Brasil, afirmou que os pais e responsáveis precisam tomar os cuidados necessários na hora de contratar um serviço de transporte escolar, para evitar problemas no futuro. “Recomendo aos pais que só procurem as pessoas que tiveram os seus veículos vistoriados e aprovados. A identificação é feita através do selo 2015.2, que é de fácil visibilidade. É extremamente importante saber que um profissional capacitado está transportando o seu filho. A presença de um condutor auxiliar também se faz necessária, para que o motorista não precise ter de sair do veículo e levar as crianças até a porta da escola. Esse auxiliar também terá de ter sua documentação aprovada para poder prestar o serviço”, informou.
O condutor de transporte escolar José Anchieta Porto trabalha no ramo há 20 anos e sempre realiza a vistoria exigida pelos órgãos competentes. Este ano, por motivo de viagem, ele só poderá comparecer na próxima semana, para poder circular em conformidade com as leis de trânsito e oferecer mais segurança para os pais e os estudantes. “A minha prioridade é disponibilizar um serviço de qualidade, sem riscos para os meus passageiros. Eu transporto crianças a partir de 7 anos e adolescentes. Para enfrentar o trânsito de Campina Grande é preciso ter bastante atenção e dirigir por si e pelos outros. Os cuidados são redobrados quando estamos transportando vidas”, disse.
Já a dona de casa Ana Paulino, 33 anos, se preocupa com três requisitos básicos antes de contratar um transporte escolar para o seu filho de oito anos: segurança, qualidade e preço. “Tenho a preocupação de não fechar negócio com qualquer um, porque afinal de contas, é a vida do meu filho que está em jogo. Eu presto atenção em tudo, nas condições do veículo - se ele está liberado pela STTP e também procuro obter referências sobre o motorista.
Se ele já transporta alguma criança de um amigo ou conhecido, fica mais fácil. Nos dias de hoje não podemos sair por aí e confiar em qualquer um. O verdadeiro pai e a mãe cuidadosa precisam estar atentos a todos os detalhes”, declarou.
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