Superintendente do Detran revela ter sofrido ameaças

Da Redação

O superintendente do Detran na Paraíba revelou, durante entrevista coletiva sobre Operação Cascavel, que sofreu ameças de morte por fazer sindicâncias e averiguar denúncias de fraudes entre funcionários do Detran. Paulo Nepomuceno se disse surpreso com as prisões de funcionários de confiança, mas afirmou que já havia recebido denúncias sobre envolvimento de funcionários em esquemas de adulteração de documentação de veículos.

Na manhã desta sexta-feira (29), o chefe do Detran em Campina Grande Luiz Justino e o coordenador do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), Aureliano Delfino, foram presos na Operação Cascavel.

Além deles, mais 32 pessoas foram presas e mais dois mandados de prisão ainda devem ser cumpridos. Segundo o superintendente da Polícia Federal, Cláudio Ferreira Gomes, as investigações da operação que prendeu pessoas envolvidas em roubo, venda e adulteração de documentos de carros começaram há mais de sete meses.

De acordo com ele, os primeiros indícios do esquema foram identificados durante a Operação Coringa, que investigou quadrilhas de assaltos a bancos e que praticavam o golpe da “saidinha de banco”. Durante a operação Coringa a polícia verificou conversas dos acusados com ladrões de carros através de escutas telefônicas. Além disto, há duas semanas a prisão de uma pessoa em Gramame com três veículos e de cinco pessoas em Soledade com seis veículos ajudaram a chegar neste desfecho.

A operação foi realizada em conjunto com a Polícia Militar e Civil da Paraíba. A maioria dos carros eram levados para ferros velhos para fazer o desmanche. Agora serão mais de 300 veículos passarão por perícia, mas o delegado acredita que mais de mil veículos tenham passado pelo esquema.