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ECONOMIA

Tablet feito em CG se consolida no Nordeste

Tablet produzido em Campina Grande ganha o mercado nordestino; fabricantes pretendem aumentar a produção em 2014.

Publicado em 26/12/2013 às 6:00 | Atualizado em 12/05/2023 às 14:36

Colocado no mercado à disposição do público desde o mês de abril, o tablet fabricado em Campina Grande conquistou os consumidores no ano de 2013. Conforme dados da N3, empresa responsável pela produção do equipamento, após os dois primeiros meses de teste, cerca de 20 mil unidades foram colocadas à venda nas regiões Norte e Nordeste no segundo semestre deste ano. Com o sucesso das vendas, a empresa quer buscar novos mercados e pretende, a partir do próximo ano, mais que triplicar a produção mensal, que atualmente é de três mil unidades.

“Não fabricamos mais porque a produção não foi acelerada.

Para nós, esse foi um ano de consolidação do produto no mercado, onde fomos ajustando aquilo que foi necessário.

Agora queremos aumentar a produção. A nossa meta é, já em 2014, produzir dez mil unidades por mês e expandir a nossa área de vendas”, explicou o diretor de operações da empresa, Clóvis Nogueira.

A N3 não tem informações acerca do número de produtos vendidos este ano, mas, de acordo com Clóvis Nogueira, a empresa considera que o produto foi bem aceito pelo mercado e pelos consumidores tendo por base o fato de que não houve redução no número de pedidos por parte dos estabelecimentos que revendem o produto.

Atualmente, dois modelos de tablet são produzidos pela empresa, com preço variando entre R$ 250,00 e R$ 300,00.

Conforme Clóvis Nogueira, o foco da empresa de Campina Grande são os consumidores que procuram um produto de baixo custo, que atenda às necessidades básicas proporcionadas por este tipo de eletrônico, relacionadas principalmente ao uso da internet.

O valor está abaixo do praticado por outras marcas para equipamentos similares, como a Multilaser (que vende o equipamento por, em média, R$ 399,00), Asus (que custa em média R$ 499,00) e CCE (que custa em média R$ 329,00).

“O nosso público é aquele que procura por um produto com custo menor quando comparado com os das grandes marcas importadas, segmento que corresponde a 50% do mercado nacional. Também são pessoas que estão tendo a primeira experiência com o equipamento ou fazem uso das funções mais básicas de um tablet, como o acesso a redes sociais, o consumo de informação através da internet, abrir emails, jogos, e leitura de livros ou revistas”, salientou.

Em um dos estabelecimentos que comercializam o produto em Campina Grande, cerca de 100 unidades são vendidas mensalmente. “É um dos modelos que mais tem saída no setor de eletrônicos da loja. Nessa faixa de preço temos outras três opções, mas, para cada tablet vendido dessas outras marcas, a maioria delas importadas, nós vendemos 50 unidades da N3”, revela o vendedor Leonardo Barreto.

MAIS INVESTIMENTOS

Satisfeita com os resultados alcançados em 2013, a N3, que nasceu no ano de 2005 em Campina Grande, cidade que concentra toda a sua produção, estuda investir cerca R$ 3 milhões em 2014 para aumentar e tornar mais eficiente a fabricação dos tablets e dos outros computadores que compõem a sua linha de produtos.

Atualmente, segundo Clóvis Nogueira, os tablets são comercializados em 50 pontos de venda, físicos e virtuais, nas regiões Norte e Nordeste. Com o aumento da produção mensal, a empresa planeja, a partir do próximo ano, comercializar o equipamento, produzido por mão de obra 100% campinense, no mercado das regiões Sul e Sudeste do país.

Conforme explica o diretor de operações da empresa, a principal aposta para alavancar as vendas em 2014 é a qualidade do equipamento. “Uma de nossas maiores barreiras no mercado é a competição desigual com os produtos importados e com o preço praticado por eles. Mesmo assim, temos um equipamento resistente, produzido com insumos de qualidade, que garantem ao consumidor mais eficiência e durabilidade. É esse o nosso diferencial em relação aos nossos concorrentes importados, e é nisso que apostamos para alavancar ainda mais as nossas vendas nos próximos anos”, declarou Clóvis Nogueira.

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Jornal da Paraíba

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