COTIDIANO
Advogado diz que ex-delegada nunca entregou veneno
Divani Pinto, ex-delegada acusada de entregar veneno para um detento do Roger matar outros dois presos falta à própria coletiva e envia advogado em seu lugar.
Publicado em 28/10/2008 às 10:19
Da Redação
A ex-delegada Maria Divani Pinto não compareceu à coletiva de imprensa que ela mesma convocou para divulgar a sua versão sobre o flagrante da tentativa de envenenamento de dois presidiários, ocorrido na última sexta-feira (24) no Presídio do Roger, em João Pessoa. Quem a representou na Associação Paraibana de Imprensa, frente aos jornalistas foi o advogado Gleydson Pedrosa.
Com toda a imprensa reunida questionando a ausência da ex-delegada, o advogado defendeu a versão de sua cliente. Ele disse que Divani sofre de um problema alérgico e que nunca entregou nenhum frasco ao preso. Contudo, as imangens feitas no presídio, mostram ela entregando um vidro que posteriormente um laudo do Instituto de Polícia Científica (IPC) comprovou conter veneno.
Ainda segundo o advogado, o vídeo do flagrante divulgado pela TV Cabo Branco “não pode ser considerado como prova porque não tem valor jurídico, uma vez que é caracterizado como um flagrante armado”, declarou.
Ele disse que não iria comentar sobre os planos da ex-delegada de abrir processos contra o Estado, a TV Cabo Branco, o delegado Jaime Matos e o diretor do Presídio do Roger, Dinamérico Cardim.
O presidente da Associação Paraibana de Imprensa, João Pinto, se solidarizou com todos os veículos de comunicação e afirmou que nenhum órgão de imprensa seria barrado em sua casa. É que Maria Divani Pinto havia declarado na segunda-feira (27) que não iria permitir a presença da equipe da TV Cabo Branco na coletiva de imprensa.
Divani se diz vítima de um falso flagrante armado contra ela e vai pedir indenização ao Estado. Toda a ação foi filmada por uma câmera escondida na última sexta-feira (24). Gleydson disse que ela não compareceu à entrevista por ter tido um problema de saúde.
Atualizada às 19h15
Comentários