COTIDIANO
TV Cabo Branco participará de coletiva com ex-delegada, diz API
Divani Pinto, acusada de encomendar envenenamento de detentos, quer impedir a entrada da TV. Presidente da Associação Paraibana de Imprensa informou que jornalistas não serão barrados.
Publicado em 28/10/2008 às 8:27
Karoline Zilah
O presidente da Associação Paraibana de Imprensa, João Pinto, garantiu que a TV Cabo Branco não será barrada na coletiva de imprensa que a ex-delegada Maria Divani Pinto convocou para falar sobre os processos que ela pretende abrir contra o Estado, a TV Cabo Branco, o delegado Jaime Matos e o diretor do Presídio do Roger, Dinamérico Cardim.
João Pinto viaja de Campina Grande para João Pessoa nesta manhã para acompanhar de perto a entrevista marcada para as 9h30 desta terça-feira (28). “Se a imprensa não tiver acesso à sua casa, quem é que vai ter?”, comentou ao portal Paraíba 1. Ele disse que se os órgãos de imprensa não puderem entrar na API para participar da coletiva, a entrevistada não poderá se manifestar no local.
Divani é acusada de encomendar a morte de dois presos e foi presa em flagrante pela polícia no Roger. Procura pela reportagem, ela informou que não iria permitir a entrada da emissora na coletiva e se recusou a falar com os repórteres até por telefone.
Divani se diz vítima de um falso flagrante armado contra ela e vai pedir indenização ao Estado. Ele foi presa ao ser flagrada entregando um vidro com veneno a um detento do Roger e encomendando a morte de outros dois presos. Toda a ação foi filmada por uma câmera escondida na última sexta-feira (24).
A ex-delegada foi liberada no sábado, mas as investigações vão continuar, principalmente depois que um laudo do Instituto de Polícia Científica (IPC) comprovou ser mesmo veneno o conteúdo do vidro que ela entregou ao preso contratado para matar outros dois.
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