VIDA URBANA
Paraíba é 7º em ranking nacional de retorno de migrantes
Entre 2004 e 2009 nº de migrantes pulou de 16,34% para 20,95% na Paraíba, ou seja, no intervalo de cinco anos cresceu o nº de pessoas que permaneceram PB e das que retornaram para sua terra natal.
Publicado em 15/07/2011 às 12:00
Da Redação
Com G1
Entre 2004 e 2009, o números de migrantes pulou de 16,34% para 20,95% na Paraíba, ou seja, no intervalo de cinco anos houve o crescimento de 4,61% no número de pessoas que permaneceram no estado e das que retornaram para sua terra natal. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (15) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2009 e dos Censos realizados em 2000 e 2010.
Segundo o instituto, na última década começou a haver um movimento de retorno da população às regiões de origem em todo o país. A corrente migratória mais expressiva continua a ser entre o Nordeste e o Sudeste, mas houve redução. A região Nordeste foi a que apresentou o maior número de migrantes retornando para seus estados, seguida, em menor escala, pela região Sul.
O IBGE investigou onde morava o indivíduo exatamente cinco anos antes da data das pesquisas, no período entre 1999 e 2009, quando aproximadamente 4,8 milhões de brasileiros migraram entre estados e entre regiões do país.
Em 2009, os estados do Nordeste que apresentaram migração de retorno mais expressiva, conforme o instituto, superando os 20% do total de imigrantes, foram Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Ranking
Pelo ranking de estados com maior migração de retorno quem aparece em primeiro lugar é o Rio Grande do Sul (23,98%) seguido dos estados de Pernambuco (23,61%), Paraná (23,44%), Sergipe (21,62%), Minas Gerais (21,62%), Rio Grande do Norte (21,14), Paraíba (20,95%) e Maranhão (16,43%). Veja o ranking completo no G1.
Oportunidades
“Além de apresentar menor migração, diminuindo o número de pessoas que saem, o Nordeste começa a atrair população, com uma rede social melhor. Enquanto isso, o Sudeste, que já não recebia mais tantas pessoas, passa a ser também emissor, não só de migrantes, como também de quem é originário e está deixando essa região”, afirma Antônio Tadeu Ribeiro de Oliveira, um dos pesquisadores do instituto.
Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro começaram a receber menos imigrantes na última década, estados antes considerados de grande evasão começaram a perder menos população, como Piauí e Alagoas. Já Bahia e Maranhão continuaram a ser classificados como regiões “expulsoras”, mas também diminuíram o fluxo.
Rio Grande do Sul foi o estado que apresentou maior número de migrantes de retorno do país, mas a taxa diminuiu em relação a 2004. Na Região Sul, o Paraná foi o estado que passou a receber mais migrantes.
Segundo o estudo, o fenômeno de retorno no país ocorre devido “à saturação dos espaços do início da industrialização no centro-sul”, que “reduz a capacidade de geração de emprego e de novas oportunidades ocupacionais, o que coloca o movimento de retorno na pauta das estratégias de reprodução e circulação dos migrantes”.
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