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VIDA URBANA

Conta de luz deve cair 9,8% para 216 cidades a partir de maio

Cobrança extra da energia elétrica, que começou a ser reduzida neste mês de fevereiro deverá ser zerada até maio deste ano e beneficiar cidades de Paraíba.

Publicado em 11/02/2016 às 7:00

Os consumidores de 216 municípios paraibanos terão um pequeno alívio na conta de luz com o fim da cobrança extra do sistema da bandeira tarifária. Com menor demanda da atividade econômica e o aumento do índice pluviométrico nas regiões onde estão os principais reservatórios de água do país, a cobrança extra da energia elétrica (bandeira tarifária), que começou a ser reduzida neste mês de fevereiro deverá ser zerada até maio deste ano.

Neste mês de fevereiro, foi criada a bandeira vermelha patamar 1, que é mais barata do que a que estava valendo até janeiro, caindo de R$ 4,50 para R$ 3 por 100 kilowatts-hora (KWh) consumidos. Em março, já está definido que a bandeira amarela entrará em vigor, reduzindo o encargo para R$ 1,50 por cada 100 KWh consumidos.

A previsão do Ministério das Minas e Energia é que em maio a bandeira seja a de cor verde, que significa custo zero de cobrança extra para o consumidor final. Com isso, a redução pode chegar a 9,8% a cada 100 kilowatts-hora (Kwh).

O valor reduzido vai até a conta de agosto, quando será anunciado o reajuste anual da tarifa da Energisa Paraíba, que inclui 216 municípios.

IMPACTO NO SETOR
A notícia trouxe um pouco de otimismo aos empresários da Paraíba. O presidente da Associação Paraibana de Supermercados (ASPB), José Willame de Araújo, declarou que caso se concretizem os prognósticos de redução na conta de energia elétrica o segmento deve reduzir custos. “Toda redução na conta de luz será bem vinda para os empresários do ramo, porque o custo da energia elétrica representa cerca de 2% do faturamento total dos empresários. Trabalhamos com câmaras frigoríficas para conservar vários alimentos”, explicou.

Segundo ele, porém, os tributos como ICMS e as contribuições federais são ainda um peso na conta de luz. O líder empresarial frisou que o custo da bandeira tarifária apenas incrementa o alto preço do serviço, mas não é um dos principais motivos de preocupação dos empresários. Um exemplo citado pelo presidente da ASPB é que um supermercado que paga R$ 14 mil mensal de energia elétrica paga cerca R$ 600 de bandeira tarifária. “Além dos tributos, os reajustes anuais no serviço têm sido muito altos”.

Para o engenheiro eletricista do IFPB Joabson Nogueira, dificilmente os reservatórios de água do país estarão, até maio, com água suficiente para suprir as unidades consumidores ao ponto de ser possível adotar a bandeira verde. “As principais usinas do Rio São Francisco que abastecem o Nordeste, por exemplo, Sobradinho e Paulo Afonso, estão com o nível muito baixo”.

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Jornal da Paraíba

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