COTIDIANO
Unasul critica processo de impeachment
Chanceleres da Unasul consideraram o processo de impeachment do presidente paraguaio uma 'ameaça à ruptura da ordem democrática'.
Publicado em 23/06/2012 às 6:00
A missão de chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) que foi a Assunção na tentativa de conter o processo de impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, considerou a crise política no país uma “ameaça à ruptura da ordem democrática, ao não respeitar o devido processo”.
Informações da Agência Brasil.
O comunicado da missão, feito antes do resultado da votação no Senado, foi lido pelo venezuelano Alí Rodríguez, secretário-geral da Unasul.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, também fez parte da missão, que chegou anteontem à capital paraguaia, após deixar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada no Brasil, no Estado do Rio de Janeiro.
Os chanceleres e representantes do organismo se reuniram com Lugo e com o vice-presidente Federico Franco, além de líderes partidários paraguaios, porém “sem obter respostas positivas” que garantissem ao presidente um julgamento democrático.
No texto lido por Alí Rodríguez, a missão da Unasul reafirmava "total solidariedade ao povo paraguaio e respaldo ao presidente Fernando Lugo”.
Os parlamentares apresentaram cinco acusações formais contra Lugo: apoio à manifestação de jovens de esquerda no Comando de Engenharia das Forças Armadas (2009), obrigar militares a se submeter às ordens de sem-terras, falta de competência para combater atos de violência no país e ações dos guerrilheiros do Exército do Povo Paraguaio, responsável pelo confronto entre policiais e camponeses na semana passada, que culminou com a morte de 17 pessoas e violação das leis paraguaias, ao ratificar o Protocolo de Ushuaia 2, que prevê intervenção externa caso uma democracia esteja em perigo. Os advogados de Lugo alegaram que ele foi vítima de perseguição.
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