CULTURA
Com o foco em 1968, Rui Leitão lança livro
Livro '1968 - O Grito de uma Geração', do escritor Rui Leitão, será lançado nesta terça-feira (24) no restaurante Picuí Praia, em João Pessoa.
Publicado em 24/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:42
“Já existe uma boa literatura sobre o ano de 1968 no Brasil, um ano mítico, com queda de paradigmas e conceitos”, explica Rui Leitão. “Decidi então reconstruir essa memória inserindo a Paraíba neste contexto e como nós também fomos protagonistas nessa época”.
O resultado pode ser conferido no livro intitulado 1968 - O Grito de uma Geração (Eduepb, 386 paginas), que será lançado com a presença do escritor nesta terça-feira, a partir das 19h, no restaurante Picuí Praia, no bairro do Bessa, em João Pessoa.
De acordo com o autor, natural de Patos, Sertão paraibano, foi obedecida uma ordem cronológica de acordo com os meses daquele ano, resgatando e contextualizando o Estado no cenário político, estudantil e cultural do país no período dos chamados ‘Anos de chumbo’, com uma recém-instalada Ditadura Militar.
Além da preocupação de preservação da memória, o escritor atenta na contribuição de “transmitir para as novas gerações para que possam compreender a época”.
“A pesquisa foi em cima da literatura que já existia sobre o assunto”, aponta Rui Leitão. “Como a censura foi muito grande naquela época, também busquei as informações junto com os personagens daquele ano”.
Segundo o autor, um dos personagens mais recorrentes em 1968 foi o então governador João Agripino (1914-1988). “Apesar de ser democrata convicto, ele tinha que assumir ações constrangedoras que não defendia por causa da ditadura”, defende o escritor, frisando também a participação de dom José Maria Pires e sua interlocução com os movimentos estudantis.
Outros tópicos abordados por Rui Leitão são os festivais de música no Estado, o movimento Tropicalista, o paraibano Geraldo Vandré e seu “hino revolucionário” ‘Pra não dizer que não falei das flores’, além dos detalhes do Ato Institucional nº 5, o AI-5.
A obra tem o prefácio assinado pelo advogado Irapuan Sobral e uma apresentação do jornalista Paulo Santos.
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