POLÍTICA
Vereadores de JP são disputados por partidos e pré-candidatos a prefeito
Legendas brigam para reforçar time para o pleito de 2016. Para a disputa, Luciano Cartaxo (PSD) e João Azevedo (PSB) já estão em campo.
Publicado em 06/11/2015 às 9:37
Os vereadores da Câmara Municipal de João Pessoa bem que tentam disfarçar, mas desde que o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) deu o “start” na eleição de 2016, trocando o PT pelo PSD, o que mais tem preocupado e movimentado os parlamentares neste fim de ano pré-eleitoral é garantir a reeleição. “É uma questão de sobrevivência”, alertou essa semana o peemedebista Fernando Milanez. Por enquanto, dois times estão em campo e já disputam, um a um, seus jogadores. A dúvida, porém, é que lado os vereadores vão escolher para jogar: Luciano Cartaxo ou João Azevedo (PSB).
A estratégia dos vereadores envolve mudança de partido, de bancada e um elemento essencial chamado quociente partidário. O vereador Lucas de Brito (DEM), que já segurou a oposição a Cartaxo sozinho na Câmara Municipal, agora é assediado pelo governo. O democrata nega que tenha a intenção de deixar a oposição, embora já tenha declarado que a principal barreira entre ele e Cartaxo havia sido derrubada com a saída do prefeito do PT.
Brito recebeu convites do PSD, através de Raíssa Lacerda; da Rede Sustentabilidade; do PSL do deputado Tião Gomes; e de Edson Cruz, que embora ainda não tenha anunciado para qual legenda vai, convidou o democrata para segui-lo - as opções são Partido Novo (PN), Rede Sustentabilidade e Partido da Mulher Brasileira (PMB).
O democrata garante que declinou de todos os convites e que não tem a intenção de deixar o DEM, embora não negue que isso pode acontecer, dependendo de como o partido vai se comportar nas eleições do próximo ano. “Não temos interesse, muito menos de ir para a base do prefeito, depois de todo esse tempo fazendo um trabalho de oposição”, disse. Ele disse que vai lutar pela presidência municipal do DEM e que decisão sobre seu futuro partidário deverá ser adiada para março.
O suplente Edson Cruz voltou atrás na decisão de deixar a vida pública. Ele declarou há pouco mais de um mês que não disputaria uma vaga na Câmara, mas foi recrutado pelo prefeito para reforçar o time e adiou a “aposentadoria”. É certo que o vereador deixará o PP. Ele quer garantir a elegibilidade, além de liberdade na condução da sua candidatura.
Depois que foi para o PSD, Cartaxo abriu espaço para acomodar partidos como PSDB e o DEM, mas afastou, naturalmente, o PT e o PSB. Sobre o PP, restam muitas dúvidas. Durval Ferreira chegou a anunciar apoio à reeleição de Luciano Cartaxo, mas recuou depois.
Comentários