Ex-delegada acusada de mandar envenenar presidiários é liberada

Karoline Zilah

Após prestar depoimento na tarde deste sábado (25) na 2ª Delegacia Distrital do Centro de João Pessoa, a ex-delegada e advogada Maria Divani de Oliveira Pinto foi liberada pela polícia. Ela teve o habeas corpus concedido pelo juiz Salvador Vasconcelos, que está de plantão este sábado no Fórum de Cabedelo e atende à região metropolitana de João Pessoa.

De acordo com informações da 2ª DD, onde Maria Divani estava presa, ela foi solta porque, após 24 horas de sua prisão, não foi comprovado o flagrante de que ela estaria arquitetando um plano para envenenar dois presidiários.

Isso porque o Instituto de Perícia Científica não entregou à delegacia o laudo onde deveria concluir se a substância entregue por Divani ao presidiário se tratava realmente de veneno, o que impediu que a polícia pudesse lavrar o flagrante.

Clique e assista o flagrante do momento em que Divani combinava o envenenamento com um presidiário.

A ex-delegada agora vai responder o processo em liberdade. O depoimento prestado durou cerca de uma hora e foi acompanhado pelo conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Mário Gomes de Araújo. Ela é acusada de entregar o produto ao preso Argemiro de Sousa Gomes no Roger para que ele providenciasse a morte de dois acusados do assassinato do seu marido, o advogado Ricardo dos Santos Albuquerque, assassinado em janeiro de 2007 no bairro de São José em João Pessoa.

A 2ª DD ainda informou que o depoimento da acusada foi recolhido e que o caso agora será repassado para a Justiça. A reportagem do portal Paraíba 1 procurou o delegado Jaime José para saber mais detalhes sobre as alegações de Maria Divani, mas a delegacia comentou que ele não poderia falar sobre o assunto fora do seu horário de plantão.

Atualizado às 18h10.