Caso Aryane: acusado tem prisão prorrogada; exumação é autorizada

Phelipe Caldas

A juíza Ana Flávia de Carvalho, do 1º Tribunal do Júri de João Pessoa, acatou nesta terça-feira (18) o pedido do Ministério Público da Paraíba e aprovou a exumação do corpo de Aryane Thaís Carneiro, para que seja feita nova perícia em busca de provas que levem à elucidação do crime. E ao mesmo tempo ela prorrogou por mais 30 dias a prisão provisória do principal suspeito, o estudante Luís Paes Neto.

A medida da juíza serve para que durante a produção das novas provas o estudante não atrapalhe nas investigações. Assim, ele permanecerá mais um mês na carceragem da Central de Polícia.

Quem pediu a exumação de Aryane foi o promotor Alexandre Varandas, responsável pelo caso e que quer saber se a jovem de 22 anos estava dopada quando foi morta. Ele levantou esta hipótese depois de descobrir que nas unhas dela não foram encontradas marcas que indicassem uma tentativa de defesa.

Aryane Thaís foi morta no dia 14 de abril deste ano, por volta das 22h, e foi encontrada na manhã do dia seguinte abandonada no Km 30 da BR-230. A delegada Iumara Gomes, que investigou o caso, disse que ela não foi morta no local onde foi encontrada e que ela teria sido vítima de estrangulamento por asfixia provocado por algum objeto.

O estudante Luís Neto (foto) foi apontado como o principal suspeito e indicado pela delegada por homicídio qualificado. Ele foi visto conversando com a jovem no bairro do Jaguaribe e saiu com ela de carro poucas horas antes dela ter sido assassinada.

Aryane foi encontrada morta com um exame de gravidez positivo em seu nome que estava dentro do bolso de sua calça. Luís Neto mantinha um namoro secreto com a menina há três meses e ela tinha se encontrado com ele justamente para avisar que estava grávida. Para a polícia, o crime aconteceu depois de uma briga que o casal teve justamente ao discutir o futuro da gravidez.