VIDA URBANA
Consumo de energético eleva risco de alcoolismo
Para Ministério da Saúde, houve aumento no consumo abusivo do álcool na Paraíba nos últimos cinco anos.
Publicado em 04/03/2012 às 8:00
Por aumentar o período de exposição da pessoa ao álcool, a mistura dessa substância com o energético potencializa o risco de alcoolismo. Na capital paraibana, nos últimos cinco anos houve um aumento no consumo abusivo do álcool, conforme pesquisa do Ministério da Saúde.
Enquanto em 2006 a ingestão excessiva da bebida era praticada por 16,5% da população, em 2010 o número chegou em 18%. O percentual da capital paraibana foi semelhante ao número nacional.
Segundo o estudo sobre a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que entrevistou a população adulta de 27 cidades brasileiras, a frequência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi de 18% em 2010, contra os 16,1% verificados em 2010.
Em consequência desses números, a Presidência da República lançou, em dezembro do ano passado, um conjunto de ações integradas para enfrentar o crack, álcool e outras drogas. Até 2014, a ação receberá investimentos de R$ 4 bilhões do governo federal para aumentar a oferta de tratamento de saúde aos usuários de drogas e enfrentar o tráfico.
Conforme a diretora do Centro de Atenção Psicossocial que atende os usuários de álcool e drogas de toda a Paraíba (Caps-AD), Marileide Martins, a demanda no local aumentou consideravelmente nos últimos anos. “Só de álcool temos uma demanda de 40%”, comentou Marileide, ao acrescentar que as ações de prevenção são feitas no âmbito das Unidades de Saúde da Família.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa, o órgão também tem trabalhado junto ao Samu, STTrans e outras entidades para conscientizar a população quanto à ingestão de álcool. Segundo a assessoria, 30% dos atendimentos feitos no Ortotrauma de Mangabeira são por acidentes de trânsito – a maioria deles tendo relação com o consumo de álcool.
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