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VIDA URBANA

Uso de biodigestor motiva famílias

Projeto faz com que agricultores economizem e preservem o meio ambiente.

Publicado em 22/07/2012 às 15:00

Tecnologias simples, mas muito eficientes, estão levando ao homem do campo a possibilidade de reduzir gastos e preservar o meio ambiente. Uma dessas tecnologias, denominada de biodigestor, está sendo utilizada na zona rural do interior da Paraíba, com duas funções principais: transformar o esterco de curral em gás de cozinha e evitar o desmatamento de reservas florestais, para o consumo de lenha.

A experiência está sendo vivenciada inicialmente por famílias agricultoras dos municípios de Esperança e Areial, no Agreste do Estado. Segundo o assessor técnico da associação sem fins lucrativos Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA), Emanoel Dias, o biodigestor é um equipamento que transforma o esterco de curral em gás inflamável, que pode substituir o gás de cozinha comprado em botijões.

“O biogás produzido pelo biodigestor é uma mistura de vários gases. O uso do biogás na cozinha é higiênico, não desprende fumaça e não deixa resíduos nas panelas, além de evitar o desmatamento de reservas florestais para transformar em lenha”, explicou. De acordo com ele, o processo de geração de biogás é realizado por micro-organismos (bactérias) que existem no próprio esterco, e acontece naturalmente quando se encontra em um ambiente onde não exista oxigênio. “Após passar pelo biodigestor, o esterco se transforma em uma parte gasosa (biogás), uma líquida e outra sólida”, disse. O especialista informou que além dos benefícios financeiros, consequência da transformação do gás, os subprodutos líquido e sólido podem ser usados como fertilizantes (biofertilizantes) tanto na agricultura, como na criação de peixes. Ele informou que a experiência é de mitigação dos efeitos ambientais e o processo ainda está em fase de experimentação pelas famílias agricultoras na região da Borborema.

Na casa dos agricultores João de Deus e Diomar dos Santos, no Assentamento Bela Vista, em Esperança, a economia por mês é de mais de R$ 50, antes investidos em botijões de gás de cozinha. “Muita coisa boa a gente tem aprendido com esse biodigestor. É muito fácil de lidar com ele, com apenas duas vacas na propriedade a gente alimenta o equipamento. Leva 20 minutos diário de trabalho e em troca temos uma economia de mais de R$ 50,00 por mês”, contou João.

Ele informou que além disso, o biofertilizante que sai pode ser usado nas lavouras. “Esse mês mesmo vou usá-lo como fertilizante nas laranjeiras e limoeiros. Em vez de usar adubo químico estamos usando biofertilizante”, contou. Para a agricultora Maria do Socorro Pereira, do Sítio Lagoa Comprida, em Areial, quem nunca ouviu falar da tecnologia fica impressionado com sua eficácia e simplicidade.

“Todo mundo fica impressionado. Eu me sinto muito realizada com esse projeto. Nunca pensei que eu mesma fosse produzir o gás que eu uso no fogão. Antes eu usava dois botijões por mês, agora não preciso mais comprar gás”, disse a agricultora, satisfeita ao avaliar os resultados.

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Jornal da Paraíba

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