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VIDA URBANA

Casos de alcoolismo entre mulheres aumentam na Paraíba

Cresce o número de mulheres que recorrem ao AA. Hoje elas são 20% dos casos.

Publicado em 11/03/2012 às 8:17


Foi aos poucos que a dona de casa Maria José do Nascimento, 45 anos, se envolveu com o alcoolismo. Ela tinha pouco mais de 30 anos, era casada e mãe de dois filhos, quando começou a ingerir a bebida. “Comecei em casa mesmo, aos finais de semana, enquanto lavava roupa. Depois, passei a beber todo dia e o dia todo”, lembra.

Em apenas 2 anos, a doença causou uma devastação na vida de Maria. “Pedi demissão da empresa, onde era gerente. Fiquei violenta e meu marido foi embora. Meus filhos tinham vergonha de mim e minha mãe vivia preocupada. O momento mais dificil foi quando cortei meus pulsos. Queria morrer, porque achava que não tinha jeito”, recorda.

Contrariando os pensamentos sombrios, a história da dona de casa começou a mudar quando ela aceitou um convite para frequentar as reuniões dos Alcoólicos Anônimos (AA). A irmandade existe em 150 países e ajuda as pessoas a se livrarem da dependência. Maria foi levada ao grupo pelos braços da mãe.

Após algumas reuniões, ela parou de beber e há 6 anos está livre da doença. Sem saber, acabou endossando as estatísticas.

Maria está entre as quase 600 paraibanas que superam o alcoolismo com ajuda do AA.

Elas representam 20% do total dos mais de três mil participantes da irmandade. Apesar de ainda ser minoria, a presença do sexo feminino vem aumentando no grupo. “No passado, as mulheres só buscavam o AA para pedir ajuda para seus maridos. Hoje, muitas vêm em busca de auxílio para elas mesmas”, disse “Paulo”, coordenador estadual do AA, que não pode ser identificado em virtude das normas da irmandade.

“Paulo” conta que há 10 anos as mulheres não chegavam sequer a 10% dos frequentadores. Para ele, isso mudou em virtude da emancipação feminina. “Hoje, as mulheres estão mais independentes. São vistas em bares, sem a presença masculina e, consequentemente, estão se envolvendo mais cedo com o álcool”, declarou.

Elas também estão procurando o socorro mais cedo. De acordo com o AA, há 10 anos, as dependentes que frequentavam o grupo tinham idades a partir dos 40 anos. Atualmente, já é possível encontrar, nos encontros, jovens com idades de 20 a 30 anos.

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Jornal da Paraíba

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