VIDA URBANA
IFPB forma primeiro aluno com doença motora de origem mental
Trabalho de conclusão de Paulo Roberto foi sobre adaptação dos laboratórios de eletrônica para pessoas com mobilidade reduzida.
Publicado em 27/01/2015 às 14:41
Diversos estudantes do campus João Pessoa do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) apresentaram, nesta semana, seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Dentre eles, destacou-se Paulo Roberto da Cunha Fernandes Júnior: o estudante do curso técnico de Eletrônica foi o primeiro aluno com Doença Motora de Origem Cerebral (DMOC) a finalizar o Ensino Técnico Integrado na instituição.
Paulo e seu companheiro de TCC, Pedro Rodrigues Araújo Meneses, apresentaram o trabalho 'Sugestão e Estudo para Adaptação dos Laboratórios de Eletrônica' sob a orientação da professora Jeanne Baquehais e coorientação do professor Aarão Pereira.
O tema central do trabalho foi apresentar soluções para os problemas que Paulo enfrentou durante as aulas do próprio curso, propondo métodos e recursos didáticos relacionados com Tecnologia Assistiva que podem auxiliar estudantes com mobilidade reduzida e DMOC.
Questionários aplicados a professores e alunos constaram que muitos docentes têm dificuldades para ensinar alunos com deficiência. "O aluno com deficiência pode sim cursar Eletrônica, com as devidas adaptações dos ambientes", afirmou Pedro durante a defesa.
Superação
Para o companheiro de TCC, Pedro Meneses, a amizade entre os dois surgiu de forma natural durante os quatro anos de curso. "A amizade foi se construindo diariamente. Eu notava que ele precisava de ajuda e eu me disponibilizava para ajudar", disse o estudante. "Espero que ele procure crescer e continue estudando. Desejo o melhor", concluiu.
Paulo já traça seus próximos passos: pretende estudar Biblioteconomia ou Arquivologia na UFPB utilizando os bons resultados que obteve no Enem deste ano. ""Estou muito feliz, com o sentimento de dever cumprido", comemorou. "Eu sempre quis estudar, então é uma honra estar nessa escola e ter conseguido meu diploma depois de quase cinco anos", afirmou.
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