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CULTURA

Twitter e Facebook a serviço do mago

Escritor Paulo Coelho fala sobre seu novo livro, 'Manuscrito Encontrado em Accra'. 

Publicado em 07/08/2012 às 6:00


"Cada vez mais as perguntas giram sobre mim, e cada vez menos sobre os livros que publico", escreveu Paulo Coelho em seu blog, justificando o fato de só ter aceitado dar entrevistas sobre o seu novo livro, Manuscrito Encontrado em Accra (Sextante, 196 páginas, R$ 19,90) a três jornais impressos.

Na última, à Folha de São Paulo, criticou Ulysses, de James Joyce e levantou polêmica: "Os autores hoje querem impressionar seus pares (...) Um dos livros que fez esse mal à humanidade foi Ulysses, que é só estilo. Não tem nada ali. Se você disseca Ulysses, dá um tuíte".

Em abril, Ulysses ganhou nova tradução de Caetano Galindo publicada pela Penguim Cia. das Letras (1.112 páginas, R$ 47,00).

O caudaloso romance é frequentemente listado pela crítica entre os mais importantes da literatura universal e aperfeiçoou a técnica do monólogo interior e do fluxo de consciência.

No trecho de Manuscrito Encontrado em Accra divulgado pela editora, Paulo Coelho não usa os malabarismos técnicos de Joyce. Sua maneira de escrever é simples: a narração quase como um relato, empreendida por um jovem de 21 anos que, no primeiro parágrafo, parece brincar com o recente 'erro médico' do qual Paulo Coelho foi vítima.

"Gostaria de começar estas linhas escrevendo: 'Agora que estou no fim da vida, deixo para os que vierem depois tudo aquilo que aprendi enquanto caminhava pela face da Terra. Que façam bom uso.' Mas infelizmente isso não é verdade", diz o primeiro capítulo.

CELEBRIDADE TUÍTICA
O material de divulgação propala os feitos do 'mago das letras' que tem militado, agora, em prol da tecnologia dos livros digitais: ""Seus livros já foram traduzidos para 73 idiomas e venderam mais de 140 mil exemplares", enceta uma galeria de recordes encerrada com a seguinte informação: "Foi eleito a segunda celebridade mais influente do Twitter pela Revista Forbes".

"Algumas críticas podem ter sido duras", replica Paulo Coelho, novamente no blog, "mas isso faz parte da vida de qualquer escritor (...) Quem tem a última palavra é o leitor. Portanto, estou usando Twitter e Facebook para falar diretamente com vocês".

Manuscrito Encontrado em Accra ganhou trailers no YouTube com temas e frases de efeito como "Derrota: "Você não é derrotado quando perde, você é derrotado quando desiste" ou "Inutilidade: Uma vida nunca é inútil. Cada alma que desceu à Terra tem uma razão de estar aqui".

As frases encontram ecos entre os fãs. No blog, uma leitora identificada como Cléo Borges comenta: "Obrigada, Paulo, por transmitir às pessoas tanta coisa positiva. São frases com peso de um livro todo… Obrigada de coraçao por partilhar. Uma frase apenas é suficiente para me abastecer por longos dias…"

A ideia do novo romance brotou, segundo ele, das redes sociais, do feedback que recebia do público: "Frequento muito as redes sociais e comecei a reparar numa enorme sensação de inutilidade, as pessoas acham que não servem para nada, que já mataram seus sonhos. Daí vem o sentimento de derrota, o medo, a frustração, a sensação de impotência que abordo no livro", afirmou em entrevista ao jornal O Globo.

Na mesma entrevista, o parceiro eterno de Raul elogiou o cineasta paraibano Walter Carvalho pelo trabalho no documentário: Raul - O Início, o Fim e o Meio (2011): " A-do-rei (o filme)! Achei um trabalho de primeiríssima categoria, um trabalho seríssimo do qual eu não queria participar, justamente por não querer olhar para trás. O diretor, Walter Carvalho, chegou a cogitar fazer o filme sem mim, mas não daria para dissociar a trajetória de Raul da minha. Pensei: "Quer saber? O cara é legal, vou fazer" e adorei o resultado."

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Jornal da Paraíba

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