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CULTURA

De volta aos bons anos 80

Retratando o cenário musical e a juventude da década de 80, o livro 'Dias de Luta: O Rock e o Brasil dos Anos 80',  volta às lojas em nova edição.

Publicado em 13/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 13:15


No final dos anos 1990, o mercado de livros para música não era tão efervescente quanto hoje. Mas já (pres)sentindo que os anos 1980 se tornariam uma febre – como, de fato, se tornou pouco tempo depois – o jornalista paulista Ricardo Alexandre resolveu mergulhar fundo nas histórias e nos causos do período mais frutífero do rock brasileiro e extraiu de lá o obrigatório Dias de luta: O Rock e o Brasil dos Anos 80.

Lançado em novembro de 2002, Dias de Luta parte da música para fazer um retrato da juventude brasileira da época. Bandas, LPs, programas de rádio e televisão são retratados com riqueza de detalhes e depoimentos abundantes de quem fez e viveu a década que, para o autor, “entrou para nossa história com o mesmo peso e significado que os anos 60 tiveram nos Estados Unidos e Europa”.

Fora de catálogo há anos e alcançando até R$ 550,00 nos sebos, o livro está de volta às lojas através de uma outra editora (Arquipélago Editorial, de Porto Alegre; originalmente, saiu pela DBA), nova capa (com projeto gráfico inspirado nos velhos games de 8-bits), revisado e atualizado. Mas o conteúdo, garante o autor, é o mesmo da primeira edição.

“O livro teve uma revisão geral", comenta Ricardo, por telefone. "Corrigi informações equivocadas e revi o texto a partir da minha leitura, como editor. Eu reli todo o livro e sentenças que eventualmente estavam mal construídas, foram revistas. E ele foi atualizado com as informações de quem morreu, dos Rock in Rios que vieram depois, esse tipo de coisa. Mas se alguém leu em 2002 e lê agora, não vai sentir diferença. Eu fiz questão de manter o texto como era”.

Dias de Luta se tornou um dos principais alicerces para as dezenas de biografias e documentários que surgiram depois dele. Livros do cantor Nazi (ex-Ira!) e das bandas RPM e Blitz consultaram a obra de estreia do autor de Nem Vem Que Não Tem (Globo), biografia sobre “a vida e o veneno” de Wilson Simonal (1938-2000), que Alexandre faria na sequência.

Mas os dias de luta para conseguir a reedição foram bem difíceis, embora a procura e os altos valores alcançados nos sebos demonstrassem que o livro tinha uma boa apelação.

“Sempre ficou na minha boca aquele gosto de que o livro não atingiu o voo que ele poderia ter atingido. Eu não sei qual é esse voo, mas certamente é maior que aquele (de 2002), a julgar por todos esses sinais”, confessa.

MULTIMÍDIA


Já na Arquipélago, Ricardo pode cuidar melhor do produto final, supervisionando do projeto gráfico ao conteúdo e pode ampliar a ideia do livro para outros formatos que eram difíceis de pensar há dez anos.

Acompanha o lançamento do livro de papel um site sobre a obra. No www.diasdeluta.com é possível ler informações sobre o livro e o autor, mas também assistir a um vídeo de Ricardo Alexandre comentando Dias de Luta e – melhor – há quatro podcasts temáticos gravados por ele e convidados, recheados com algumas das maiores raridades dos anos 80.

Além do novo projeto gráfico, as fotos do livro ganharam um tratamento mais vistoso e até mesmo as letras estão um pouco maiores, acrescentando 40 páginas na edição final. Além disso, Ricardo Alexandre trocou as biografias das bandas da edição original por uma lista com as 50 melhores músicas dos anos 80.
“Tem esse apêndice, que não tinha na edição original, que são as 50 músicas dos anos 80, montado e comentado para o leitor baixar e fazer sua playlist dos anos 80, além de um prefácio novo, que fiz sobre os dez anos do livro”, comenta o autor.

EBOOK

Nas próximas semanas, Dias de Luta vai sair também em edição digital. O ebook, segundo Ricardo Alexandre, virá repleto de recursos multimídia. “O texto vai sair totalmente linkado, ou seja, totalmente disponível para compra e audição das músicas e discografias dos artistas, o mesmo projeto gráfico, só que colorido, e um monte de ‘extras’, desde os áudios originais – incluindo a última entrevista de Renato Russo (1960-1996), que foi para o livro - até capas alternativas, rascunhos e curiosidades.

Um tipo de ebook que ainda não foi feito no Brasil”, garante.
Quando Ricardo Alexandre teve a iniciativa de fazer Dias de Luta, ele tinha 23 anos e era repórter no jornal O Estado de São Paulo, o Estadão. Tinha 28 quando o livro saiu e hoje está com 39, com uma boa bagagem nas redações de São Paulo, além do premiado Nem Vem Que Não Tem, que levou o Jabuti 2010 e já passa das 20 mil exemplares vendidos.

Dias de Luta, conta, o levou a assumir a ultima encarnação da Bizz, a lendária revista sobre música, muito em voga nos anos 1980. Dirigiu a publicação até 2007, quando a editora Abril resolveu aposentá-la.

Hoje comanda a Tudo Certo Conteúdo Editorial, que produz documentários em parceria com o Canal BIS e a Diretório de Filmes, e tem produzido conteúdo em parcerias para as mais diversas plataformas, como SmartTVs.

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Jornal da Paraíba

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