icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

15 mil paraibanos moram em casa de taipa

Números foram revelados por uma pesquisa realizada pela Emater.

Publicado em 22/04/2012 às 8:00

Programas sociais, como o 'Minha Casa, Minha Vida' vêm mudando a realidade social de muitos paraibanos, que passaram a ter moradia digna. Contudo, para milhares de famílias da Paraíba essa realidade ainda é distante. Um levantamento realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater–PB) em maio de 2011, apontou que 15.894 casas de taipa, residências sustentadas de barro armado com madeira, abrigam famílias em condições sociais adversas.

Esses números, que, segundo Giovanni Medeiros Costa, presidente da Emater, expressam a necessidade urgente de uma ação que busque transformar a realidade dessas famílias, corresponde ao dia a dia da dona de casa Maria José Bezerra da Silva, 49 anos, moradora do sítio Santo Isídio, no bairro de Novo Bodocongó, em Campina Grande. Ao longo de toda a vida, ela, e sua família, sempre moraram em casas de taipa, apesar de ter crescido e visto sua vizinhança sendo construída em alvenaria.

“Desde quando eu nasci a gente mora em casa de taipa. Meu pai tinha uma, ela se acabou e quando eu ganhei um terreno, meu marido construiu essa onde a gente vive. Foram uns três meses de muito trabalho, juntando o barro e armando a madeira. Não tem piso de cimento, a gente pisa no chão do terreno mesmo e vamos levando a vida como Deus quer”, explicou dona Maria José que, além do esposo, Severino Francisco de Araújo, 65 anos, ainda divide a casa com mais dez filhos.

Para o presidente da Emater, a intenção de apresentar esses dados foi fazer um levantamento, que não atingiu todo o território do Estado, uma vez que diversos municípios não enviaram os dados necessários para que a pesquisa fosse completa. “Nós fizemos um levantamento emergencial para saber qual é a dimensão do problema. Com esse mapeamento, nossa proposta foi apresentá-lo para que pudéssemos refletir e trabalhar para esse público, já que nós encontramos um número considerado alto tanto na zona urbana, como principalmente na zona rural”, explicou Medeiros.

Os números apontam que, dos 223 municípios do Estado, apenas 114 responderam à pesquisa, oito não enviaram os dados dentro do prazo, um não deu retorno, e três estavam sem técnico da Emater. O que representa que das 15.894 casas de taipa, 4.437 estão construídas na zona urbana, enquanto que 11.457 estão localizadas na zona rural.

Para Geovanni, apesar do órgão não ter qualquer informação sobre as 97 cidades restantes, o primeiro passo foi dado, restando às outras instituições estabelecerem metas para que a condição de vida dessas famílias mude. “A Emater presta assistência técnica às famílias da zona rural. A parte habitacional não nos compete. O que nós fizemos foi responder à pergunta: existe casa de taipa na Paraíba? Sim! Agora resta estabelecer outras propostas para mudar essa realidade”, disse.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp