CULTURA
Chayene mistura termos regionais em novela
Vocabulário da rainha do eletroforró, em 'Cheias de Charme', mescla palavras conhecidas pelos nordestinos e sulistas.
Publicado em 24/06/2012 às 17:00
Plumas, brilhos, paetês e muita, muita, língua solta. Chayene (Cláudia Abreu) não economiza na hora de abrir a boca, em ‘Cheias de Charme’ (Globo). A musa do eletroforró usa um vocabulário diferente para se referir aos seus amigos e, principalmente, aos seus inimigos. “Há os bordões que variam e os que se repetem. Ela vive dizendo expressões com a palavra “curica’. Os apelidos com animais também são os mesmos. Fabian é o “frango’, Socorro, a jumenta, e Rosário, a ariranha”, diz o autor Filipe Miguez, ao falar dos papéis de Ricardo Tozzi, Titina Medeiros e Leandra Leal.
A origem dos termos é variada. Alguns, como “curica”, vêm do Piauí, Estado natal da cantora. Outros fazem parte da mente criativa de Miguez e de Izabel de Oliveira, que também escreve a trama. “Os autores criaram um verdadeiro “chayanês’. Diversos termos são em cima de expressões populares ou são pura invenção, como “paneleira’, para se referir a Rosário”, explica Leusa Araújo, pesquisadora da novela.
Apesar da verborragia de Chayene ter sido criada pelos escritores, Miguez diz que Cláudia Abreu tem alguma liberdade para criar. “A Cláudia é uma atriz tão genial que é capaz de improvisar à perfeição, mas isso só acontece em momentos em que ela contracena com personalidades reais, como Ivete Sangalo e Faustão. No mais, ela segue o roteiro.”
Já o núcleo de Socorro e Naldo (Fábio Lago), personagens também piauienses, usa expressões típicas do Estado nordestino. “O verbo “aviar’ é para apressar-se, por exemplo”, diz Leusa.
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