COTIDIANO
Casal que morreu em lua de mel dispensou festa para viajar, diz prima
Conhecer Porto de Galinhas era sonho da noiva; ela nunca tinha ido à praia. Pai de recém-casado foi a Pernambuco nesta sexta para reconhecer corpos.
Publicado em 05/08/2011 às 16:38
Do G1
O casal de Brasília que morreu afogado na praia do Cupe, em Porto de Galinhas, Pernambuco, no fim da tarde desta quinta-feira (4), abriu mão da festa de casamento para fazer a viagem de lua de mel, disse ao G1 a prima da jovem, Miriam Ribeiro. De acordo com a mãe da moça, Pedrina da Silva Araújo, a filha não sabia nadar e era a primeira vez que ia à praia.
Daniela Silva de Araújo, 20 anos, e Marcos de Almeida Augusto, 23, se casaram em 28 de julho, em uma cerimônia simples para familiares e amigos próximos, no Fórum de Sobradinho, região a 22 quilômetros de Brasília. A viagem de lua de mel ocorreu no dia seguinte, 29 de julho, e terminaria nesta sexta-feira (5).
A viagem era a principal comemoração pelo casamento, que aconteceu após quatro anos de namoro. “Eles queriam muito conhecer essa praia, achavam o local bonito”, disse a mãe de Daniela.
Colegas de trabalho em uma academia onde Daniela trabalhou como atendente entre dezembro do ano passado e abril deste ano confirmaram o desejo da moça de fazer a viagem. “Ela queria muito casar e resolveu não fazer festa porque ia para a lua de mel”, diz Beatriz Caroline, funcionária da mesma academia.
Localizado à beira-mar, o hotel onde os recém-casados se hospedaram ficava a cerca de dois quilômetros da Vila dos Pescadores de Porto de Galinhas, onde estão as piscinas naturais e todo o comércio e restaurantes do ponto turístico. No trecho do Cupe, onde há várias hospedagens de luxo, as ondas são mais fortes e há correnteza.
O pai de Marcos de Almeida e um amigo do rapaz embarcaram para Recife na madrugada desta sexta-feira (5) para reconhecer os corpos. Os corpos estão no Instituto Médico Legal, e a família espera a liberação para trazê-los para Brasília.
No local onde Daniela trabalhava há pouco mais de dois meses, também uma academia, colegas que souberam do acidente nesta quinta-feira deixaram o local abalados. “Os colegas levaram um baque, ela era uma pessoa muito boa e uma ótima funcionária”, contou um dos proprietários da empresa, Herbert Andrade.
Na empresa de cimento onde Almeida trabalhava o clima também é de pesar. “Ele era extrovertido e bastante comunicativo, um jovem bastante batalhador”, falou o supervisor de RH da indústria, Emerson Miranda.
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