CULTURA
Teatro Lima Penante tem 'Anáguas' até o fim do mês
Espetáculo baseado no texto de Lourdes Ramalho fica em cartaz até o final do mês do outubro.
Publicado em 30/09/2011 às 6:30
O hiato que afastou as atrizes Margarida dos Santos, Mônica Macedo e Palmira Palhano do tablado já vinha sendo contado em décadas. Juntas novamente em Anáguas, espetáculo que permanece em cartaz até o fim do mês de outubro no Teatro Lima Penante, em João Pessoa, elas tiveram o desafio de achar novamente a harmonia nos palcos a partir de um texto de Lourdes Ramalho que, ironicamente, trata de uma tríplice relação de conflito.
“Nós três já tínhamos atuado juntas em diferentes ocasiões”, afirma Mônica, que contracenou com Margarida dos Santos, por exemplo, em Papa Rabo, peça montada pelo Grupo Bigorna no início da década de 1980. “José Maciel (diretor de Anáguas) foi uma figura fundamental para resgatar nossa memória afetiva desta época em um laboratório que nos tomou seis meses de trabalho e promoveu um reencontro muito prazeroso”, completa a intérprete de Maria Exaurina, a filha mais velha de uma família marcada pela morte do seu provedor e pela tensão decorrente da perda.
Segundo Mônica, a encenação explora a noção espacial de um triângulo, cada vértice simbolizando o universo particular das três personagens: a mãe Maria das Graças, autora de um testamento disputado por suas duas filhas Marias: a Exaurina e a Cândida, caçula que quer romper com a estrutura familiar e ganhar o mundo.
“A proposta cênica leva o público para dentro deste triângulo, que é a casa da família, onde cada uma das mulheres atua como protagonistas e antagonistas umas das outras”, explica Mônica.
O espetáculo tem figurino de Tainá Macedo, filha de Mônica, que também executa a luz com o diretor José Maciel. As músicas originais são de Marcos Fonseca, Misael Batista e Angélica Lacerda (do grupo As Bastianas).
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