COTIDIANO
Funcionário que clonava cartões de clientes de hospital é preso
Suspeito pegava os dados dos clientes e repassava para comparsa, responsável pela clonagem dos cartãoes de crédito.
Publicado em 28/07/2015 às 12:19
Dois homens foram presos na noite de segunda-feira (27), em João Pessoa, por suspeita de integrarem um esquema de clonagem de cartões de crédito. De acordo com a Polícia Civil, a ação criminosa acontecia dentro de um hospital particular da capital paraibana, onde um dos presos trabalhava como recepcionista. O homem pegava os dados dos cartões dos clientes e repassava para o outro suspeito. Os detalhes da operação, intitulada de 'Trojan', foram divulgados nesta terça (28).
De acordo com o delegado adjunto da Delegacia de Defraudações, Ragner Magalhães, a polícia começou a investigar o caso depois de uma denúncia anônima. “Nós começamos a levantar as informações e constatamos vítimas que foram atendidas pelo hospital e depois tiveram a surpresa na fatura dos cartões, com compras que não fizeram, como passagens de avião, por exemplo”, contou.
Após capturar os dados dos clientes, o recepcionista, identificado como Jorge, repassava as informações para os outros membros do esquema, eles clonavam os cartões e em seguida faziam compras pela internet e também saques bancários. “Pedimos a prisão preventiva de Jorge, ele ficou foragido, por cerca de 15 dias, mas na noite de ontem ficamos sabendo que ele tinha voltado ao hospital para resolver pendências no setor de recursos humanos e demos cumprimento ao mandado”, completou.
Durante a ação, Jorge estava acompanhado de outro homem, identificado como Leandro, que acabou admitindo também ter participação no esquema. Segundo Ragner Magalhães, o segundo suspeito confessou que seria o mentor das fraudes e que teria 'recrutado' Jorge para participar das fraudes. Leandro disse ser morador do Acre e que estava agindo em João Pessoa há dois meses. O delegado também conseguiu a prisão preventiva dele. No veículo em que a dupla estava foram encontrados cartões de crédito, uma maquineta e documentos.
Ragner ressaltou que os dois presos admitiram a fraude, mas negaram que ela acontecesse a partir do hospital. Eles disseram apenas que recebiam cartões clonados, já com as senhas, de um suspeito de São Paulo, e apenas realizavam as compras e os saques.
Até o momento a polícia identificou quatro vítimas do esquema, que tiveram prejuízo de R$ 2,5 mil em média. No entanto, o número de vítimas deve ser maior, pois o recepcionista atendia em média 600 pessoas por dia. “Não finalizamos a operação, não temos o valor estimado da fraude em si”, pontuou Ragner Magalhães. O delegado também disse que a polícia não iria divulgar o nome do hospital em respeito à imagem do local, pois ficou comprovado que a instituição não tinha nenhuma participação no esquema.
A operação recebeu o nome de 'Trojan' porque esse é o nome de um vírus que invade o sistema de segurança do computador de maneira criminosa e captura todos os dados do usuário, da mesma forma que os suspeitos agiam.
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