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ECONOMIA

Adultos aquecem o mercado dos games

Pesquisa divulgada recentemente, mostra que mais da metade dos 'gamers' brasileiros estão acima da faixa etária dos 19 anos de idade.

Publicado em 20/06/2012 às 6:00


Se engana quem pensa que videogame é um passatempo exclusivo para as crianças. Através da incansável evolução tecnológica, que a cada ano produz jogos com riqueza gráfica e diversas opções de interatividade, consumidores adultos vêm se encantando cada vez mais por esses mimos de entretenimento.

Segundo o Censo Gamer 2012, divulgado recentemente pela Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games do Brasil (Acigames), 51% dos jogadores brasileiros possuem mais de 19 anos. Segundo o estudo, 35,46% dos paraibanos assumem a mesma faixa etária.

Outro sinal do sucesso dos games no país foi detectado por especialistas de mercado da Newzoo, empresa especializada em pesquisa sobre o mercado dos games, onde foi constatado que, ano passado, os brasileiros gastaram cerca de R$ 4 bilhões em jogos, nas suas mais variadas plataformas (on-line, console e móvel).

A nível global, a receita gerada também impressiona. De acordo com a PricewaterhouseCoopers (PwC), empresa de consultoria presente em diversos países, incluindo o Brasil, em 2010 essa indústria valia no mercado global cerca de US$ 56 bilhões de dólares, com estimativa de faturamento de aproximadamente US$ 82 bilhões de dólares em 2015. A indústria dos games fatura hoje o dobro da indústria fonográfica, quase um quarto a mais que a indústria de revistas e cerca de três quintos da indústria cinematográfica (contando não somente a receita da bilheteria, como também as vendas de DVD).

Simples entretenimento, desejo de interação, ou o que encanta mesmo é a riqueza gráfica dos jogos de última geração? A gênese da crescente procura pelos videogames é incerta. O fato é que as produções de games vêm atraindo cada vez mais usuários, sejam os chamados “hardcore” (usuários críticos quanto aos gráficos dos games) ou àqueles que procuram simplesmente diversão, através dos jogos de celular ou das redes sociais.

Um exemplo de jogador “light” é o universitário Gustavo Ribeiro, 23 anos. “Procuro me divertir com o videogame, acho que esse é o papel dele. Você chega em casa, estressado, liga o videogame e se diverte, esquece os problemas. Não sou um desses jogadores que ficam atrás dos grandes títulos. Procuro um jogo pela diversão, mas não vou negar que os jogos atuais encantam pela realidade das imagens”, afirmou.

As possibilidades de jogos são várias, e um setor que vem ganhando destaque na indústria dos games são os jogos de movimento. Em síntese, o processo desses jogos é simples: um sensor é acoplado ao console, o jogador se posiciona em frente ao aparelho e, através dos movimentos que faz com o corpo, interage com o que está acontecendo na tela. O Playstation 3, da Sony, utiliza o kit PS Move; usuários do Xbox 360 utilizam o sensor Kinect; o Nintendo Wii, por sua vez, já vem com sensor de movimento embutido.

O universitário Gustavo Ribeiro é adepto dos jogos de movimento há cerca de seis meses e explica os benefícios que encontrou através dessa modalidade de game. “É uma experiência diferente e muito divertida. A primeira vez que joguei acordei com os braços doloridos, do esforço que fiz. Você sente que o jogo trabalha com a musculatura do corpo. Mas o melhor mesmo é a diversão. É só juntar um grupo de amigos e começar a jogar, é risada na certa”, revelou.

Para as crianças com problemas de saúde, como obesidade, por exemplo, os jogos de movimento são excelentes alternativas, pois combinam o prazer com o exercício físico, como afirma a pediatra Crecy Vasconcelos. “Esses jogos unem o útil ao agradável. Faz a criança suar e diminui a inércia dos tradicionais. As crianças estão praticando uma atividade física e nem se dão conta", disse. (Especial para o JP)

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Jornal da Paraíba

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