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ESPORTES

Sangue nos olhos

Episódio que conta a reação uruguaia à comemoração prévia da imprensa brasileira é apenas um dos fatos marcantes. Relembre.

Publicado em 30/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 15:59

Estão todos ali, reunidos. Num quarto simples. Com pouco ou quase nenhum luxo. São mais ou menos oito os jogadores que aproveitam o momento de descanso na concentração para jogar baralho. E relaxar um pouco antes do grande jogo. O dia é 16 de julho de 1950. Dia de pura tensão. São todos uruguaios. Mas dali a algumas horas estariam entrando no Estádio do Maracanã para o maior duelo de suas vidas. Enfrentar a Seleção Brasileira que jogaria com a vantagem do empate e com o apoio de 200 mil torcedores apaixonados.

De repente, o bravo Obdulio Varela entra no quarto. E contrastando com os demais, ele está transtornado. Com sangue nos olhos. Bufando. Enfurecido mesmo. Ou ao menos, era este o personagem que ele encarnava naquele momento. O capitão uruguaio, de repente, e num gesto surpreendente, arremessa com violência um jornal na parede. Este bate com força e cai mesmo no meio do grupo, exatamente em cima das cartas de baralho que formavam a jogatina de pouco antes.

E num lance de sorte típico de filmes, o jornal cai aberto. Para cima. Deixando visível justamente a parte que Varela queria apresentar aos demais. Uma grande foto ocupava boa parte da primeira página. Era o time do Brasil, adversários de logo mais, apresentados de forma inusitada pela manchete : “estes são os campeões do mundo”.

Rapidamente, a ira de Obdulio Varela contagia os demais. Ficaram coletivamente indignados. Desferindo uma série de xingamentos em castelhano, incompreensíveis para quem não é nativo do Uruguai.

Naquele momento, eles prometem dar a vida naquela final. Poderiam até ser derrotados, como afinal estavam todos esperando que acontecesse. Mas não seriam derrotados de forma passiva. Sem guerrear. Sem dar parte dos seus próprios sangues naquele jogo, que se transformaria numa batalha épica pela Taça Jules Rimet.
***
A história acima eu conheço desde pequeno. Com algumas variáveis, é claro. Porque eu conhecia de ouvir falar. Quando os mais velhos contavam com ares de mistério as “verdades” sobre aquele dia maldito do futebol brasileiro. Apesar disto, só agora senti-me pronto para resumir a cena que antecedeu o pior dos dias da seleção canarinha.

Porque só agora fui apresentado a “Maracanã”, o documentário uruguaio que conta a Copa de 1950 pela visão deles. De forma bem mais rica do que nós aprendemos a contar. Mais emocionante também. Mais jornalística, até.

O episódio que conta a reação uruguaia à comemoração prévia da imprensa brasileira é apenas um dos fatos marcantes daquele acontecimento histórico. E todos os outros acabam por mostrar um time uruguaio bem mais humano do que nós aprendemos a conhecer. Mas também bem mais aguerrido do que nós conseguimos supor.

Hoje eu sei que foi o Uruguai quem venceu aquela Copa. E não o Brasil quem perdeu, como gostamos de dizer no alto da nossa incapacidade de admitir que nem sempre somos o melhor. Não. Foi a Celeste quem jogou melhor. Quem buscou mais a vitória. E mereceu mais o título. Obdulio cumpriu a risca sua promessa. Foi um monstro. Um guerreiro. Um dos maiores que já se apresentaram no Maracanã.

Porta-Retrato

O título da Copa do Mundo de 1978 foi considerada uma das mais “roubadas” da história. Além da famosa suspeita de que a Argentina subornou a zaga do Peru para goleá-lo e eliminar o Brasil, a final dos anfitriões hermanos contra a Holanda também foi contestada. A suspeita é de que o árbitro italiano Sergio Gonela (foto) teve participação chave na vitória argentina por 3 a 1.

De olho na rede

“Não tem clima de Weggis nenhum aqui em Teresópolis! Vamos parar com essa história.”.

Antero Greco, jornalista, negando as especulações e boatos de parte da imprensa brasileira de que existiria na Granja Comary um clima exageradamente festivo que lembraria a preparação da Copa de 2006.

Grama é plantada em área onde o VLT vai passar em Mato Grosso

Com obras atrasadas de mobilidade urbana, o Governo de Mato Grosso começou a maquiar algumas áreas de Cuiabá, que se prepara para receber quatro jogos na Copa do Mundo. Depois de retirar os tapumes que escondiam a área em construção, tapetes de grama estão sendo plantados nos canteiros centrais da Avenida Historiador Rubens de Mendonça, onde no futuro vai ser finalizada a construção de um VLT.

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Jornal da Paraíba

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