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VIDA URBANA

Ambulâncias do Samu são retidas

Retenção de macas no Trauma de CG tira oito equipes do Samu de operação; ambulâncias ficaram paradas na frente do hospital.

Publicado em 13/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 27/04/2023 às 13:19

Oito equipes socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficaram sem prestar atendimento à população no início da tarde de ontem em Campina Grande. A falta de atendimento se deu porque as macas das ambulâncias ficaram retidas no Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, devido à superlotação nos leitos. O hospital tem 253 leitos.

Por causa do problema, as ocorrências de urgência ficaram sem atendimento durante determinado período da terça-feira. Um dos casos envolveu uma mulher que foi atropelada por uma moto na rua João Suassuna. Maria da Vitória, de 37 anos, sofreu fratura exposta na perna esquerda e teve que esperar por socorro durante um longo tempo por causa da falta de ambulâncias, tendo sido socorrida pelo Corpo de Bombeiros.

De acordo com a coordenadora do Samu em Campina Grande, Aline Carvalho, a retenção de todas as macas durou cerca de 30 minutos, mas ao longo do dia outras ambulâncias também deixaram de operar.

“Ao longo do dia outras ambulâncias também tiveram as macas retidas enquanto leitos para os pacientes eram providenciados no hospital. Por um espaço de tempo esse problema aconteceu com todas as nossas ambulâncias, mas conseguimos resolver a questão sem causar maiores danos à população”, disse.

Para o coordenador médico do Samu, Ermano Barbosa, a retenção das macas causou prejuízos à população que ficou sem receber atendimento. “Nossas ocorrências vão de natureza simples a graves e nunca sabemos a quem vamos socorrer até atender a ligação. Em casos graves, os pacientes podem até morrer por falta do socorro do Samu que, no momento da ligação, está com as macas retidas”, disse.

Já o diretor do Núcleo Médico do Hospital de Trauma, Rodrigo Morais Farias, afirmou que a superlotação ocorre principalmente nos fins de semana e próximo aos feriados, porque a unidade é a única referência em emergência da região. “Infelizmente faltam leitos em todos os hospitais de emergência do país e o Samu fica com as macas retidas aqui até que se consiga liberar leitos com as altas hospitalares”, destacou, acrescentando que uma solução seria a realização de mais parcerias com outros hospitais da cidade conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) para a transferência de pacientes.

“O Hospital Pedro I recebe muitos de nossos pacientes. O ideal seria que outros hospitais também pudessem fazer essa parceria. Para isso tem que haver a contratualização dos hospitais municipais ligados ao SUS e o sistema de saúde de Campina já luta por isso há algum tempo. Tendo esses leitos de apoio, os pacientes poderiam ser encaminhados e evitaria a superlotação”, pontuou.

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Jornal da Paraíba

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