Concorrente ao Oscar e comédia "cinquentona" estreiam em JP

Astier Basílio
Do Jornal da Paraíba

Ela é gorda. Tem 16 anos. É analfabeta. Negra. Mora no Harlem. É estuprada pelo pai, de quem está esperando um segundo filho. E - cereja do bolo - apanha quase todo dia da mãe. Senhoras e senhores, sem filtros nem cortes, esta é a história de uma menina chamada Preciosa.

A história não é real. Trata-se de uma ficção baseada em várias histórias verdadeiras escrita pela professora americana Sapphire, em 1996, publicado aqui no Brasil pela Record.

Veja a programção e os trailers dos cinemas de João Pessoa e Campina Grande.

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A obra emocionou a apresentadora americana Oprah Winfrey, que assina a produção de Preciosa - Uma História de Esperança. O filme, que estreia hoje em João Pessoa, vem com seis indicações ao Oscar, entre as quais nas categorias Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente para a jovem Gabourey Sidibe e Mo’Nique, em interpretação inspiradíssima que já lhe rendeu Globo de Ouro e Bafta.

A produção também está no páreo na disputa pela cobiçada estatueta de Melhor Diretor para Lee Daniels, um feito histórico, pois é a segunda vez que um negro concorre nesta categoria - a primeira foi com John Singleton, em 1991, por Boyz N the Hood.

O filme é barra-pesada? É sim. Mas, apesar da vida de cão que Preciosa tem, mesmo assim, entre um tombo e outro, ela encontra tempo para sonhar. Sonha em ter um namorado de pele clara e cabelo liso. Sonha em ser estrela de televisão, em ser famosa. Sonha com o glamour.

A narração é em primeira pessoa, feita pela própria Preciosa que, quando entra numa escola especial, é estimulada a escrever um diário por sua professora Blue Rain (Paula Patton). Aliás, a personagem da mestra que estimula e acaba acolhendo Preciosa em sua casa se baseia na própria Sapphire.
Há ainda a participação da cantora Mariah Carey, em ótima cena com Mo’Nique , e do cantor Lenny Kravitz.

Comédia ‘cinquentona’ e filme de luta estreiam na Capital
por Carolina Queiroz, do Jornal da Paraíba

Depois de ter feito duas comédias sobre a condição feminina da mulher de meia-idade - Do Que as Mulheres Gostam, com Mel Gibson, em 2000, e Alguém Tem que Ceder, com Diane Keaton, em 2003 -, a diretora e roteirista Nancy Meyers retorna ao tema com outra comédia romântica: Simplesmente complicado, que chegou a ser indicada a três Globos de Ouro (roteiro, atriz e comédia).

O filme, escrito e dirigido por Meyers, entra em cartaz hoje nos cinemas brasileiros (uma sala em João Pessoa). Um elenco de peso dá vida aos dilemas de casais com mais de 20 ou 30 anos de relacionamento, vistos sob um ponto de vista divertido.

Na história, Jane (Meryl Streep), mãe de três filhos adultos e dona de um restaurante em Santa Bárbara, se envolve com o ex-marido (Alec Baldwin), ao mesmo tempo em que mantém um relacionamento com o mais novo affair (Steve Martin).

Não seria ousadia dizer que Baldwin e Martin são os galãs do momento (e serão os apresentadores do Oscar), apaixonados por Merryl Streep neste filme. Nem se observarmos que estes galãs são cinquentões, cada um com seu charme, e a mocinha em questão já é uma mulher madura, com filhos criados e ainda cheia de vitalidade.

Ninja Assassino, que também estreia hoje nos cinemas (duas salas em João Pessoa), foi lançado no mercado americano no fim de novembro pelos mesmos produtores do fiasco Speed Racer, o fracasso mais retumbante dos irmãos Wachowski (de Matrix).

Então, nada mais natural que ‘Ninja Assassino’ seja um filme sobre redenção e grandes expectativas. O roteiro co-assinado pelo quadrinista J. Michael Straczynski com Matthew Sand, é uma típica história de vingança e traição.

No papel-título está o astro pop coreano Rain, interpretando o personagem principal Raizo, um dos assassinos mais mortais do mundo. Tirado das ruas ainda garoto, ele foi transformado em um matador . Mas assombrado pela execução sumária de uma amiga, Raizo se rebela.